segunda-feira, 28 de novembro de 2016

APRESENTAÇÃO DO LIVRO "EM POUCAS PALAVRAS..." DE ANA OLIVEIRA 30 NOVEMBRO, 21H30





Sinopse: Estes microcontos são fruto de grandes desafios. Palavras, metáforas e números impostos, palavras e frases repetidas, anagramas, letras proibidas, frases obrigatórias, provérbios contraditórios… são quebra-cabeças constantes. Que estimulam a criatividade. Que permitem brincar com as palavras e com a gramática. Que provocam. 

Ana Oliveira
Nasceu em Arrifana, concelho de Santa Maria da Feira, em 24 de agosto de 1960. Reside em S. João da Madeira.
Estudou na Faculdade de Letras da Universidade do Porto onde concluiu o curso de Línguas e Literaturas Modernas – variante Português e Francês, em 1982.
É professora desde o ano letivo 1982/83 e pertence ao quadro do Agrupamento de Escolas de Arrifana, Santa Maria da Feira onde é professora de português e onde foi professora bibliotecária.
Colaborou com a revista Fugas (Público), na rubrica “Dicas dos leitores”, com dois relatos de viagens.
Gere um blogue pessoal: www.livro-leitor.blogspot.com
É autora de:
·         Dois livros infantojuvenis: Do cinzento ao azul celeste (2009) e O santo guloso (2012), publicados pela Calendário de Letras.
·         Um conto, publicado na antologia 39 poemas e contos contra o racismo, intitulado “Nyambura” (2013), o qual ganhou o 1º lugar (3ºescalão) no “Concurso de Poesia e Conto Contra o Racismo”, atribuído pelo ACIDI.
·         Um conto, em formato livro-objeto, intitulado Margens que me comprimem, publicado pela Artelogy (2015);
·         Um conto, publicado na antologia Papá, só mais uma, intitulado “Palavras à solta” (2016), um dos 6 vencedores do concurso literário promovido pela Alfarroba Edições.
·         Um conto, em coautoria com três alunos, publicado pela Junta de Freguesia de Arrifana, intitulado Trambolhão no passado (2016), vencedor de uma menção honrosa no concurso Grande C.
·         Um livro com 77 microcontos, todos com 77 palavras exatas, intitulado Em poucas palavras…, a ser apresentado no dia 30 de novembro de 2016, publicado pela Artelogy.

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

CLUBE DE LEITURA - NOVEMBRO

Apesar do frio intenso e da chuva torrencial, a sessão do Clube de Leitura decorreu animada, em boa companhia, com um chá quente, perfumado, bioartesanal, Mistura da Casa (lúcia-lima, erva-príncipe, bétula e pétalas de rosa), produzido por Tiago Oliveira.

O livro abordado "Ficções" de Jorge Luís Borges, considerado um dos "monumentos literários mais deslumbrantes do século XX",  embrenha-nos no universo labiríntico borgiano, num "diálogo entre a ficção e a realidade, ciência e fantasia", numa trama de "complexa metafísica inquietante". 

Os temas são o "infinito, os jogos de espelhos, a cabala, os enigmas dos detetives, o destino, o tempo, o fascínio da palavra".
Respira-se o "espírito atemporal", universal, a infinitude do mundo das Bibliotecas, do conhecimento e a sua memória infinita.

Borges nasceu Buenos Aires em 1899 e faleceu na Suíça em 1986.
Mas, para melhor compreender a sua obra é importante saber que, após um acidente ficou cego e a partir daí o seu mundo passou a ser diferente. Para alguns estudiosos, a progressiva cegueira de Borges ajudou-o a criar novos símbolos literários através da imaginação, já que "os poetas, como os cegos, podem ver no escuro"
Para algumas, uma leitura difícil, estranha, inquietante e surrealista, com as histórias apresentadas de forma tão invulgar que se sentiram pouco confortáveis.

No entanto, para outras, depararam-se com um conjunto de contos, nos quais lhes surgiu um mundo fantástico, num exercício de criação artística literária de liberdade ilimitada, sem amarras, onde tudo é possível até ao infinito.

A mais curiosa, viajou de pesquisa em pesquisa e para surpresa de todas, José Saramago numa conferência em Bérgamo, faz referência a uma personagem do conto de Borges,  "Análise da obra de Herbert Quain".

Saramago com a sua ironia e humor que lhe são muito comuns, delicia-nos com esta conferência da qual apresentamos este pequeno extracto.

"Ora, não é necessário ter estudado lógica intuicionista para compreender que duas proposições contraditórias não podem ser, ambas, falsas. Como se aplica isto a Ricardo Reis e a Herbert Quain? Aceitando, ainda que com recurso ao paradoxo, que se um deles é autêntico, também o pode ser o outro. Além disso, temos a prova do livro. Ao desembarcar em Lisboa, o poeta Ricardo Reis, por esquecimento, não devolveu The god of the labyrinth à biblioteca. São coisas que estão sempre a suceder, esquecer-nos de devolver um livro….

Creio ter apresentado provas suficientes da existência real de Herbert Quain. Faltou-me, materialmente falando, a prova que nos faria a reconhecer em Quain essa qualidade de autor, isto é, um livro chamado The god of de labyrinth. Lamento a minha insuficiência. E lamento mais ainda que já seja demasiado tarde para chamar a este tribunal as testemunhas mais idóneas: Ricardo Reis e Jorge Luis Borges.
Permita-se-me ainda um último comentário. O facto indesmentível de Ricardo Reis ter tido em seu poder o livro de Quain autorizou-me a vir a Bérgamo participar num colóquio sobre o autor de Ficciones. Suponho ter ficado igualmente demonstrado que Borges não tinha uma informação completa sobre um escritor que ele supôs ter apenas imaginado e sobre o livro que lhe atribuiu. Devemos esperar tudo, principalmente o que nos parecer impossível, quando heterónimos, pseudónimos e similares se põem a viver por sua própria conta. Dividida entre o respeito que deve ao que Borges escreveu sobre Quain e o testemunho definitivo de Ricardo Reis, a cidade de Bérgamo não saberá, neste momento, o que pensar. Dêmos tempo ao tempo, esperemos que as paixões acalmem. A verdade acabará por triunfar."
Leiam na totalidade em:

Resultado do mundo infinito do conhecimento, descobrimos também que há um músico português com o nome artístico de Herbert Quain, que podem escutar aqui:

Por hoje, vamos ficar por aqui...😊





domingo, 13 de novembro de 2016

INAUGURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO "OS IRRACIONAIS | A SUA CRIA | E OS AFETOS" DE FRANCISCO MATOS

Na passada sexta-feira, pelas 18h30, decorreu a inauguração da exposição de pintura a óleo "Os irracionais | A sua cria | e os afetos |" de Francisco Matos.

Marcaram presença o Presidente do Município, o Vice-Presidente, a Vereadora da Educação, amigos, familiares e admiradores da obra do artista sanjoanense.

Esta mostra especialmente dirigida aos mais pequenos, ficará patente até 3 de Dezembro e poderá ser visitada  de 2ª a 6ª feira, entre as 10h00 e as 18h30 e aos sábados, entre as 10h00 e as 13h00.