quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

OS TRÊS PORQUINHOS NO AVENTAL DE HISTÓRIAS

O Serviço Educativo proporcionou, hoje, a 16 crianças do Ensino Pré-Escolar do Centro Infantil da Santa Casa da Misericórdia, uma visita orientada ao espaço infanto-juvenil da Biblioteca.

Essa visita foi complementada com uma sessão da actividade "Avental de Histórias" com o conto tradicional "Os três porquinhos", seguida de uma oficina de ilustração da qual sairam coloridos e expressivos trabalhos.


domingo, 21 de fevereiro de 2010

QUERES OUVIR UMA HISTÓRIA? COM INÁCIO PIGNATELLI

No sábado passado, pelas 11 horas, estiveram presentes 26 pessoas (14 pais e 12 crianças) na sala do Serviço Educativo, onde decorreu mais uma sessão da actividade "Queres ouvir uma história?".
Desta vez esteve presente o escritor Inácio Pignatelli, que contou de viva voz as histórias da sua última publicação que consiste num conjunto de três histórias para os mais novos - "Lembranças da chuva", as "Aventuras de uma chávena irrequieta" e "A bruxa amarela ou a bruxa das rosas".
Dessa obra aqui se dá conta no seguinte excerto:
«Sempre achei nos dias cinzentos e chuvosos algo de acolhedor. A luz não é tão ríspida e dir-se-ia que as nuvens são como cortinas que tiram aos raios do sol a intensidade mortal. Depois, as janelas são bons olhos para olhar a chuva, e a água a correr tem cantar de regato e refresca. A terra purifica o seu dorso e surge então perfumada e cheirosa. E as pessoas devotam-se mais umas às outras».
Seguiu-se uma sessão de perguntas ao autor, que revelou inspirar-se na vida real para escrever. Tem projectos para mais um livro infantil e um de contos para adultos.
Foi uma manhã diferente e divertida para o público-familias presente que elogiaram esta iniciativa da Biblioteca.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

LEMBRANÇAS DA CHUVA COM INÁCIO PIGNATELLI


À CONVERSA COM... MANUEL AROUCA

A sessão contou com a presença de 40 pessoas e decorreu animada com muitas revelações por parte do escritor.
Confidenciou a todos que escrever romances é o que lhe dá mais prazer e onde pode dar azo a uma maior imaginação e criatividade sem condicionalismos e limites orçamentais. Ao contrário, nas novelas há a preocupação com a captação de público e as histórias têm que ter um enredo simples, com personagens estereotipadas, porque o público que as consome assim o deseja. O autor não tem total autonomia e vai construindo o enredo em função das preferências do público e para satisifação das audiências.
Depois de terem sido colocadas as mais variadas questões sobre a sua diversificada obra, Manuel Arouca acabou por dar algumas dicas sobre o segredo para se ser um bom argumentista: ter talento para a escrita, sensibilidade, poder de observação das pessoas e da sociedade, facilidade para o diálogo e escrita coloquial, uma boa dose de humildade, capacidade de aprendizagem, perseverança, ser lutador e saber envolver-se numa equipa. E ter, sobretudo, sorte.

DE PASSAGEM POR... ZECA AFONSO (1929-1987)

De 16 a 28 Fevereiro, esta exposição patente na recepção da Biblioteca, pretende divulgar o seu fundo documental, na qual destacamos a figura marcante da cultura popular portuguesa como poeta, compositor e cantor, assinalando os 23 anos da sua morte.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

À CONVERSA COM... MANUEL AROUCA


Na próxima 5ª feira, 18 de Fevereiro, pelas 21h30 decorrerá mais uma sessão "À conversa com... Manuel Arouca", autor de vários argumentos de novelas, nomeadamente, Jardins Proibidos, A Jóia de África, Baía de Mulheres, Podia acabar o Mundo, Filha do Mar, entre outros.

Dedicando uma parte da sua vida à escrita de romances, publicou livros como Filhos da Costa do Sol, Rosa do Oriente, Haxe, Deixei o meu coração em África, Jóia de África, Amor 5 Paixão 3 e Gente marcada, entre outros.

Em 2010 aguarda-se a publicação do seu mais recente livro Os Exilados que conta a história dos muitos portugueses que foram para o Brasil a seguir ao 25 de Abril de 1974.

À conversa com... Manuel Arouca, vai trazer-nos muitas histórias que estão por detrás dos livros mas também muitos dos argumentos televisivos que fizeram História em Portugal.

Quem é Manuel Arouca?

MANUEL AROUCA nasce em Porto Amélia, Moçambique, a 3 de Janeiro de 1955. Marcado pela sua infância em África, tem uma adolescência rebelde, o que o faz viajar mais tarde para a Europa e Estados Unidos. Entra na Faculdade de Direito com vinte e cinco anos e é nesse período que escreve Filhos da Costa do Sol, o seu primeiro romance, considerado um dos mais importantes best-sellers dos anos oitenta, e Ricos, bonitos e loucos.
Desiste da advocacia e dedica-se inteiramente à escrita.
Foi autor de argumentos de novelas, nomeadamente Jardins Proibidos, A Jóia de África, Baía de Mulheres, entre outras.
Interrompeu, em 2004, a sua actividade como guionista para se dedicar exclusivamente à escrita de Deixei o meu coração em África.
Em 2008 publica A Rosa do Oriente, um empolgante romance histórico baseado na vida de S. Francisco Xavier e Exilados em Fevereiro de 2010.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

ROSA LOBATO FARIA - AUTOBIOGRAFIA

Quando eu era pequena havia um mistério chamado Infância. Nunca tínhamos ouvido falar de coisas aberrantes como educação sexual, política e pedofilia. Vivíamos num mundo mágico de princesas imaginárias, príncipes encantados e animais que falavam. A pior pessoa que conhecíamos era a Bruxa da Branca de Neve. Fazíamos hospitais para as formigas onde as camas eram folhinhas de oliveira e não comíamos à mesa com os adultos. Isto poupava-nos a conversas enfadonhas e incompreensíveis, a milhas do nosso mundo tão outro, e deixava-nos livres para projectos essenciais, como ir ver oscilar os agriões nos regatos e fazer colares e brincos de cerejas. Baptizávamos as árvores, passeávamos de burro, fabricávamos grinaldas de flores do campo. Fazíamos quadras ao desafio, inventávamos palavras e entoávamos melodias nunca aprendidas.
Na Infância as escolas ainda não tinham fechado. Ensinavam-nos coisas inúteis como as regras da sintaxe e da ortografia, coisas traumáticas como sujeitos, predicados e complementos directos, coisas imbecis como verbos e tabuadas. Tinham a infeliz ideia de nos ensinar a pensar e a surpreendente mania de acreditar que isso era bom.
Não batíamos na professora, levávamos-lhe flores.
E depois ainda havia infância para perceber o aroma do suco das maçãs trincadas com dentes novos, um rasto de hortelã nos aventais, a angustia de esperar o nascer do sol sem ter a certeza de que viria (não fosse a ousadia dos pássaros só visíveis na luz indecisa da aurora), a beleza das cantigas límpidas das camponesas, o fulgor das papoilas. E havia a praia, o mar, as bolas de Berlim. (As bolas de Berlim são uma espécie de ex-libris da Infância e nunca mais na vida houve fosse o que fosse que nos soubesse tão bem).
Aos quatro anos aprendi a ler; aos seis fazia versos, aos nove ensinaram-me inglês e pude alargar o âmbito das minhas leituras infantis. Aos treze fui, interna, para o Colégio. Ali havia muitas raparigas que cheiravam a pão, escreviam cartas às escondidas, e sonhavam com os filmes que viam nas férias. Tínhamos a certeza de que o Tyrone Power havia de vir buscar-nos, com os seus olhos morenos, depois de nos ter visto fazer uma entrada espampanante no salão de baile onde o Fred Astaire já nos teria escolhido para seu par ideal.
Chamava-se a isto Adolescência, as formas cresciam-nos como as necessidades do espírito, música, leitura, poesia, para mim sobretudo literatura, história universal, história de arte, descobrimentos e o Camões a contar aquilo tudo, e as professoras a dizerem, aplica-te, menina, que vais ser escritora.
Eram aulas gloriosas, em que a espuma do mar entrava pela janela, a música da poesia medieval ressoava nas paredes cheias de sol, ay eu coitada, como vivo em gran cuidado, e ay flores, se sabedes novas, vai-las lavar alva, e o rio corria entre as carteiras e nele molhávamos os pés e as almas.
Além de tudo isto, que sorte, ainda havia tremas e acentos graves.
Mas também tínhamos a célebre aula de Economia Doméstica de onde saíamos com a sensação de que a mulher era uma merdinha frágil, sem vontade própria, sempre a obedecer ao marido, fraca de espírito que não de corpo, pois, tendo passado o dia inteiro a esfregar o chão com palha de aço, a espalhar cera, a puxar-lhe o lustro, mal ouvia a chave na porta havia de apresentar-se ao macho milagrosamente fresca, vestida de Doris Day, a mesa posta, o jantarinho rescendente, e nem uma unha partida, nem um cabelo desalinhado, lá-lá-lá, chegaste, meu amor, que felicidade! (A professora era uma solteirona, mais sonhadora do que nós, que sabia todas as receitas do mundo para tirar todas as nódoas do mundo e os melhores truques para arear os tachos de cobre que ninguém tinha na vida real).
Mas o que sabíamos nós da vida real? Aos 17 anos entrei para a Faculdade sem fazer a mínima ideia do que isso fosse. Aos 19 casei-me, ainda completamente em branco (e não me refiro só à cor do vestido). Só seis anos, três filhos e centenas de livros mais tarde é que resolvi arrumar os meus valores como quem arruma um guarda-vestidos. Isto não, isto não se usa, isto não gosto, isto sim, isto seguramente, isto talvez. Os preconceitos foram os primeiros a desandar, assim como todos os itens que à pergunta porquê só me tinham respondido porque sim, ou, pior, porque sempre foi assim. E eu, tumba, lixo, se sempre foi assim é altura de deixar de ser e começar a abrir caminho às gerações futuras (ainda não sabia que entre os meus 12 netos se contariam nove mulheres). Ouvi ontem uma jovem a dizer, a revolução que nós fizemos nos últimos anos. Não meu amor: a revolução que NÓS fizemos nos últimos 50 anos. Mas não interessa quem fez o quê. É preciso é que tenha sido feito. E que seja feito. E eu fiz tudo, quando ainda não era suposto. Quando descobri que ser livre era acreditar em mim própria, nos meus poucos, mas bons, valores pessoais.
Depois foram as circunstâncias da vida. A alegria de mais um filho, erros, acertos, disparates, generosidades, ingenuidades, tudo muito bom para aprender alguma coisa. Tudo muito bom. Aprender é a palavra chave e dou por mal empregue o dia em que não aprendo nada. Ainda espero ter tempo de aprender muita coisa, agora que decidi que a Bíblia é uma metáfora da vida humana e posso glosar essa descoberta até, praticamente, ao infinito.
Pois é. Eu achava, pobre de mim, que era poetisa. Ainda não sabia que estava só a tirar apontamentos para o que havia de fazer mais tarde. A ganhar intimidade, cumplicidade com as palavras. Também escrevia crónicas e contos e recados à mulher-a-dias. E de repente, aos 63 anos, renasci. Cresceu-me uma alma de romancista e vá de escrever dez romances em 12 anos, mais um livro de contos (Os Linhos da Avó) e sete ou oito livros infantis. (Esta não é a minha área, mas não sei porquê, pedem-me livros infantis. Ainda não escrevi nenhum que me procurasse como acontece com os romances para adultos, que vêm de noite ou quando vou no comboio e se me insinuam nos interstícios do cérebro, e me atiram para outra dimensão e me fazem sorrir por dentro o tempo todo e me tornam mais disponível, mais alegre, mais nova).
Isto da idade também tem a sua graça. Por fora, realmente, nota-se muito. Mas eu pouco olho para o espelho e esqueço-me dessa história da imagem. Quando estou em processo criativo sinto-me bonita. É como se tivesse luzinhas na cabeça. Há 45 anos, com aquela soberba muito feminina, costumava dizer que o meu espelho eram os olhos dos homens. Agora são os olhos dos meus leitores, sem distinção de sexo, raça, idade ou religião. É um progresso enorme.
Se isto fosse uma autobiografia teria que dizer que, perto dos 30, comecei a dizer poesia na televisão e pelos 40 e tais pus-me a fazer umas maluqueiras em novelas, séries, etc. Também escrevi algumas destas coisas e daqui senti-me tentada a escrever para o palco, que é uma das coisas mais consoladoras que existem (outra pessoa diria gratificantes, mas eu, não sei porquê, embirro com essa palavra). Não há nada mais bonito do que ver as nossas palavras ganharem vida, e sangue, e alma, pela voz e pelo corpo e pela inteligência dos actores. Adoro actores. Mas não me atrevo a fazer teatro porque não aprendi.
Que mais? Ah, as cantigas. Já escrevi mais de mil e 500 e é uma das coisas mais divertidas que me aconteceu. Ouvir a música e perceber o que é que lá vem escrito, porque a melodia, como o vento, tem uma alma e é preciso descobrir o que ela esconde. Depois é uma lotaria. Ou me cantam maravilhosamente bem ou tristemente mal. Mas há que arriscar e, no fundo, é só uma cantiga. Irrelevante.
Se isto fosse uma autobiografia teria muitas outras coisas para contar. Mas não conto. Primeiro, porque não quero. Segundo, porque só me dão este espaço que, para 75 anos de vida, convenhamos, não é excessivo.
Encontramo-nos no meu próximo romance.

CÍRCULO DE ESTUDOS ECLÉCTICOS E ACÇÃO CULTURAL MARIA DE OLIVEIRA

No próximo dia 11 de Fevereiro, pelas 16h30, na Sala Polivalente da Biblioteca terá lugar a Apresentação do Projecto da Associação - Círculo de Estudos Eclécticos e Acção Cultural Maria de Oliveira. A palestra será proferida por Jacinto Alves, membro da Comissão organizadora.

O Círculo de Estudos Eclécticos e Acção Cultural Maria de Oliveira, vai ser uma associação sem fins lucrativos, cujas linhas de orientação se prendem com fins estatutários bem definidos - a expressão "ecléctico" define claramente a sua natureza e objectivos;

a) - Pretende-se estudar e desenvolver conceitos ligados ao Espiritualismo. As questões ligadas à compreensão do que seja o espírito humano - a sua natureza e razão porque existe !

b) - Por outro lado o interesse pelo estudo do IMAGINÁRIO DO HOMEM é deveras importante para uma natural e necessária compreensão da cultura, da filosofia e das diferentes religiões e crenças que fazem parte do património espiritual da Humanidade;

c) - Igualmente, torna-se muito importante o desenvolvimento de acções que levem a uma melhor formação e conhecimento por parte das pessoas para obterem " uma mente sã num corpo são".

A BIBLIOTECA VAI AO LAR

É um projecto de leitura para idosos que decorre nos centros de idosos da cidade. Uma vez por mês, uma técnica vai a um lar de idosos realizar uma sessão de leitura e conversar com os idosos.
Hoje, pelas 14,30 horas, a sessão decorreu o Centro de Dia ACAIS com a participação animada e divertida de 15 utentes. Entre as várias actividades desenvolvidas destacamos a realização de duas oficinas: "Asas sonhadoras" e "Cestinha de bombons". Estas oficinas têm uma grande adesão e uma apreciação positiva por parte dos idosos que pedem a continuidade destas actividades em próximas visitas.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

RODINHAS DE LEITURA

É uma iniciativa inserida no âmbito das acções de promoção da leitura e do livro. Dirigida ao público infantil/escolar, organizadas em diversas sessões de leitura conduzidas por um leitor-guia que estimula os participantes a envolverem-se na leitura e na construção da história. A sessão termina com uma oficina durante a qual as crianças são convidadas a encontrar novos fins… ou novos começos para outras histórias de encantar.

No passado dia 7 Fevereiro, à tarde, decorreu mais uma sessão, na qual foi lido o conto "Sonhos na palma da mão" de Luísa Dacosta. Trata-se da avó de uma menina que lhe conta a história de um rouxinol vindo da China. A menina, curiosa e inquieta por natureza, logo imagina toda uma outra história sobre um passarinho que pousa sonhos na palma da mão.
Nesta sessão estiveram presentes 22 alunos da EB1 do Espadanal, que de seguida puderam disfrutar de uma visita orientada à Exposição de fotografia de Inês Amorim, que se encontra patente na Sala Polivalente.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

EXPOSIÇÃO "PRIMEIROS PASSOS" DE INÊS AMORIM

Hoje, pelas 18h30, teve lugar a inauguração da Exposição de Fotografia "Primeiros Passos" de Inês Amorim, a qual contou com a presença do Vice-Presidente, Dr. Rui Costa e cerca de 40 pessoas.
Esta mostra é constituída por 28 fotografias + dois cartazes com notas explicativas sobre cada trabalho, que se distribuem pelos temas seguintes: abstracto, arquitectura, cândido, moda, documentário, forma humana, paisagem, animal, interpretação e retratos.
Saiba mais sobre a sua obra em:

DE PASSAGEM POR... S. VALENTIM E A LITERATURA DE AMOR

Exposição bibliográfica patente na recepção da Biblioteca, que pretende divulgar o seu espólio documental.
Assinalando o dia dos namorados a 14 de Fevereiro, aproveitamos para difundir as mais conhecidas obras de amor disponíveis.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

A BIBLIOTECA VAI AO LAR

É um projecto de leitura para idosos que decorre nos centros de idosos da cidade. Uma vez por mês, uma técnica vai a um lar realizar uma sessão de leitura e conversar com os idosos.
A mais recente decorreu na Casa de Repouso, no passado dia 2 de Fevereiro, pelas 16,30 horas, com a participação de 9 utentes. Entre as várias actividades desenvolvidas destacamos a declamação, pela Dª Dulce, do poema "O lamento de um escravo" de Castro Alves e o "Trocadilho Poético", elaborado pelo Serviço Educativo e que tem como objectivo a construção colectiva de um poema usando versos aleatórios de poetas como Sofia de Melo Breyner Andresen, José Craveirinha e Luís de Camões.

O lamento de um escravo
Castro Alves

Eu sou como a garça triste
Que mora à beira do rio,
As orvalhadas da noite
Me fazem tremer de frio.

Me fazem tremer de frio
Como os juncos da lagoa,
Feliz da araponga errante
Que é livre, que livre voa.

Que é livre, que livre voa
Para as bandas do seu ninho,
E nas braúnas à tarde
Canta longe do caminho.

Canta longe do caminho
Por onde o vaqueiro trilha,
Se quer descansar as asas
Tem a palmeira, a baunilha.

Tem a palmeira, a baunilha,
Tem o brejo, a lavadeira,
Tem as campinas, as flores,
Tem a relva, a trepadeira.

Tem a relva, a trepadeira,
Todos têm os seus amores,
Eu não tenho mãe, nem filhos,
Nem tenho um lar com flores.


Trocadilho Poético

À hora da sesta
Chateado levanto-me. Pressuroso.
Numa noite cega surda presa
Toma-me, ó noite em teus jardins suspensos
No reverso dos anos já não sei
Por isso, finalmente.
Eu fui sempre infeliz, alma atrevida
Será crime, Senhor, a minha audácia
Vagueio o Palácio inteiro
Chego ao fim dos salões
Mas, antes, valeroso Capitão
Fará que todo o Naíre enfim se mova.

D. Luisete, D. Manuela, D. Dulce, Sr. Freitas e D. Filomena


O Sr. Bernardo quis também participar citando a seguinte adivinha: Qual é a terra mais rica de Portugal?

Resposta: O Porto, porque tem um Rio Douro.

Foi uma tarde divertida, na medida em que todos puderam expressar os seus gostos, preferências e, essencialmente, demonstar o gosto pela poesia portuguesa.


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Obrigado e até sempre


A esta hora estão eles a preparar no céu a festa com que hão-de receber-te. Puseram colchas como as da Tininha à janela das nuvens, está o céu cheio de aves do paraíso e acenderam todas as estrelas que há e estão os anjos a ensaiar cânticos para a tua chegada, com muito cuidado e compostura para que lhes não aches desafinação. E numa cadeira feita de flores à direita de Deus Pai te hás-de assentar para a tua primeira refeição no paraíso. E há-de vir Nossa Senhora e te há-de beijar como eu te beijo que sou tua mãe e te dirá, aqui a saudade não mata e o amor não doí.


Os Pássaros de Seda, Rosa Lobato Faria


Obrigado Rosa Lobato Faria.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

AGENDA DA BIBLIOTECA MUNICIPAL - FEVEREIRO 2010

Agenda Da Biblioteca_Fev10

PRIMEIROS PASSOS de Inês Amorim

No próximo dia 5 de Fevereiro, pelas 18 horas, será a inaugurada a Exposição de Fotografia "PRIMEIROS PASSOS” de Inês Amorim.

Primeiros passos.
Todos os começos são assim, incertos.
Nuns vamos pondo o pé correctamente, noutros vamos tropeçando e caindo.
Mas nunca ficamos no chão. Levantamo-nos uma e outra vez, enganamo-nos, desequilibramo-nos, apoiamo-nos.
E um dia acertarei meus passos.

São estes os meus primeiros passos no mundo fotográfico. O primeiro trabalho, ao qual eu espero que se sigam outros.
O trabalho foi desenvolvido no âmbito da cadeira de Fotografia, levada a cabo na Universidade de Portsmouth, onde tive a oportunidade de estudar através do programa Erasmus. Todas as fotografias resultam de um processo exaustivo de exploração dos mais variados temas e áreas da fotografia. Daí a sua diversidade de estilo e de tema.
As 28 fotografias expostas são uma selecção de todo o trabalho realizado durante um semestre e estão divididas por 10 categorias: abstracto, arquitectura, cândido, documentário, moda, forma humana, interpretação, paisagem, animais e, finalmente, retratos.

“I didn’t decide to be a phtographer; I just happened to fall into it”

Berenice Abbot

Quem é Inês Amorim?

Inês Amorim nasceu em 1988 e vive em Escapães (Feira). Licenciou-se em Novas Tecnologias da Comunicação pela Universidade de Aveiro.
Em 2009, durante o seu Programa de Erasmus realizado na Universidade de Portsmouth (Reino Unido), desenvolveu também competências fotográficas.
Participou em vários grupos de teatro, foi fundadora e coordenadora do grupo de teatro da Escola Secundária João da Silva Correia entre 2004 e 2006.
Adaptou a obra “Lua de Joana” e “Gota de mel” para teatro, no âmbito do Projecto Área-Escola.
Obteve o 1º Prémio Nacional Literatura Juvenil Ferreira de Castro, na vertente de poesia.
Participou em exposições colectivas de fotografia no Space Galery no Eldon Building, da Universidade de Portsmouth, Reino Unido.
Expôs individualmente no Mercado Negro, em Aveiro.
Multifacetada, dinâmica e criativa, Inês Amorim, expõe pela primeira vez na Biblioteca.

Acção de Formação "Necessito de um Livro que me Envolva e Eduque"

Foi no passado sábado, que decorreu a Acção de Formação "Necessito de um Livro que me Envolva e Eduque", ministrada por Sylviane Rigolet, inserida no âmbito do Programa de Acções de Promoção da Leitura da Direcção Geral do Livro e das Bibliotecas (DGLB).
Foi uma Formação muito interessante onde foram abordados entre outros assuntos, vários aspectos a ter em conta na selecção dos livros infantis, nomeadamente, a ilustração, o grafismo, a linguagem e a coerência dos assuntos com a forma como são tratados.

Assim e nas palavras da formadora, "para um livro envolver e educar, tem de fazer apelo aos cinco sentidos".

Aqui fica o registo em forma de imagens, do sábado proveitoso na Biblioteca Municipal: