quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Até sempre Sr. Baptista



Hoje é, para todos nós, um dia triste. Um dia em que vemos partir um colega muito especial. Um grande, incansável e solidário amigo.
Um colega que fazia parte de todas as Poesias à Mesa da nossa cidade. Que ia buscar os nossos convidados, estivessem eles onde estivessem. Um colega que nunca se queixava, por mais quilómetros que tivesse que fazer, para dar resposta às necessidades dos nossos convidados. Um colega que todos, TODOS os nossos convidados sem exceção, elogiaram no seu profissionalismo, na sua simpatia, na sua alegria. Um colega que nos acompanhava nas declamações de poesia nas fábricas e nas escolas e que se divertia e nos divertia, mesmo nos momentos de maior dificuldade e trabalho. Um colega que nos ajudava a distribuir cartazes no meio de mais uma centena de afazeres que tinha na sua agenda. Um colega que nunca nos deixava ficar mal porque tinha orgulho no seu trabalho. Porque era dedicado. Porque era um grande profissional.
Também aqui, na Biblioteca Municipal, sempre que precisamos do Sr. Baptista, o Sr. Baptista esteve lá. Com o seu sorriso generoso, com a genuína alegria de quem gostava do que fazia, com o extraordinário sentido de missão de quem tinha orgulho na instituição que representava.
Por isso, o Sr. Baptista era também, um bocadinho, da nossa Biblioteca. Por isso, hoje ficamos todos mais pobres. Mais tristes.
Obrigada Sr. Baptista por ter feito parte das nossas vidas. Até sempre Sr. Baptista.

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

NOVIDADES BIBLIOGRÁFICAS E SUGESTÕES DE LEITURA (REVISTAS)


NOVIDADES BIBLIOGRÁFICAS E SUGESTÕES DE LEITURA


 

 





CLUBE DE LEITURA - JANEIRO

Ontem, pelas 21h00 decorreu mais uma sessão do Clube de Leitura, para a discussão e abordagem da obra "La coca" de José Rentes de Carvalho.
O transmontano, José Rentes de Carvalho guia-nos numa viagem entre a Galiza e o Minho numa pretensa investigação policial sobre o contrabando e o tráfico de droga, mas que o faz mergulhar num mar de recordações sobre aquela região, onde viveu quando era muito jovem.
É uma viagem cheia de nostalgias, melancolias e memórias, sendo por isso considerada autobiográfica.

Assim, na página 67, dá-nos conta das primeiras impressões da sua chegada a Lanhelas "A paisagem dos campos e bosques que se via do meu quarto, o rio, as serranias, a nesga de mar ao pé de Santa Tecla, isso de facto seduziu-me. Mas era serenidade demais, beleza demais, um equilíbrio tão perfeito que logo me faltou a desordem e o bulício a que me tinha habituado na infância, quando da minha janela olhava para o Porto. Aqui tudo respirava paz. Em vez da cacofonia citadina os ruídos eram distintos, cada galo esperava o seu momento de poder cantar, o ladrar dos cães espaçado como um diálogo"

A sua prosa tem uma estrutura frásica simples, com expressões quase jornalísticas, é limpa, agradável, elegante, irónica, umas vezes terna, outras vezes grotesca. Tanto apresenta uma beleza paisagística tranquila  como uma violência de um Portugal que se desconhecia.

Rentes de Carvalho revela-nos que foi na biblioteca da Casa do Outeiral que descobriu o prazer da música, da arte e da leitura,  fazendo referência a obras que o terão marcado, como os clássicos,   Proust com "Em busca do tempo perdido" e mais tarde "Patagónia" de Bruce Chatwin.

"Custou-me a acreditar, mas no resto do Verão foi lá que me fechei, descuidando as amizades, os amores, as festas e as companhias (...) Mas tudo eram tristezas passageiras que não enevoavam a euforia que eu diariamente vivia na biblioteca, onde de vez em quando me tomava a certeza louca de que ao achar nos livros tanta beleza e tanta sabedoria, a minha obrigação era correr a melhorar o mundo."

Foi conhecer o mundo e em Paris através de amigos comuns, cruzou-se com Pablo Picasso que na vida o aconselhou a saber usar la coca, a cabeça.

Rentes vive para contar e para colocar em ordem as emoções, muito embora remexer no passado lhe faça aumentar o desassossego. 

E agora José?
Por nós pode continuar...







sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

NOVIDADES BIBLIOGRÁFICAS E SUGESTÕES DE LEITURA (REVISTAS)




NOVIDADES BIBLIOGRÁFICAS E SUGESTÕES DE LEITURA









APRESENTAÇÃO DOS LIVROS "SER" E "AINDA DO SER" DE PAULO RICARDO MOREIRA

Ontem, pelas 21h30,  decorreu a sessão de apresentação dos livros de poesia e prosa poética "Ser" e "Ainda do ser" de Paulo Ricardo Moreira.

A apresentação esteve a cargo de Jorge Castelo Branco, da Editora Seda Publicações, com um momento musical proporcionado por Rui Amorim e leitura de textos e poemas por alguns convidados.

Para Isabel Barbosa, autora do pósfácio, “SER” é, pois, sobre a Vida! (…) Este é um livro no masculino, em que o Homem se assume enquanto tal e reclama a sua natureza de gerador de Vida e construtor de carácteres. É a “terra-pai” que “fecunda gerações” e, ao mesmo tempo, “insemina corações”. O Homem é Mãe e é Pai. Mais do que uma usurpação de papéis, direi que é uma assunção de um direito: o direito de amar.”


Paulo Ricardo Moreira nasceu em Coimbra a 11 de setembro de 1976.
Com três anos de idade emigra com os seus pais para o Brasil, tendo vivido em Campo Grande e Corumbá, no Estado do Mato Grosso do Sul. Regressa a Portugal em 1990, para a região de Aveiro, onde conclui o ensino secundário e o universitário, já como trabalhador-estudante.
Licenciou-se em Gestão de Marketing pelo IPAM – Instituto Português de Administração de Marketing.
É profissional de seguros, formador e consultor nas áreas do marketing e comercial.
A paixão pela escrita inicia-se muito cedo, ainda na infância, por forte influência do seu pai.
O seu primeiro livro de poesia e prosa poética, intitulado “SER” e editado pela Seda Publicações foi publicado em 2016 e o seu segundo livro, intitulado “AINDA DO SER”, foi novamente editado pela Seda Publicações em 2017.







 




sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

APRESENTAÇÃO DOS LIVROS "SER" E "AINDA DO SER" DE PAULO RICARDO MOREIRA



NOVIDADES BIBLIOGRÁFICAS E SUGESTÕES DE LEITURA

 
 

NOVIDADES BIBLIOGRÁFICAS E SUGESTÕES DE LEITURA (REVISTAS)

 
 
 


EXPOSIÇÃO DO 2º CONCURSO DE FOTOGRAFIA ILUSTRE AMARANTINO 2017

 
Verónica Teixeira Pinto, filha do fotógrafo, presidente da Associação para a Criação do Museu Eduardo Teixeira Pinto
 
 
 

A exposição de fotografia do 2.º Concurso de Fotografia “Ilustre Amarantino 2017” está patente desde o dia 5 de janeiro na Biblioteca Municipal Dr. Renato Araújo.
O objetivo é promover a fotografia, Amarante e uma personalidade amarantina que contribua para a projeção do bom nome desta cidade portuguesa.
O fotógrafo Eduardo Teixeira Pinto (1933-2009) foi a personalidade amarantina escolhida para ser a fonte de inspiração de todos os participantes.
A longa experiência de vida e o olhar poético sobre a realidade levaram Eduardo Teixeira Pinto a ser considerado um dos maiores e mais galardoados nomes da fotografia portuguesa no século XX. O fotógrafo amarantino recebeu o Grande Prémio Camões (1960) que é uma das mais altas distinções a nível nacional.
O Concurso de Fotografia “Ilustre Amarantino” distingue-se de tantos outros pelo facto de eleger uma personalidade amarantina e por delinear três cenários diferentes para as fotografias e todos eles em Amarante.
O primeiro cenário a ser fotografado é o percurso histórico normalmente associado à rua onde nasceu e/ou viveu a personalidade homenageada. No caso desta edição, os participantes tiveram de ter em conta a Rua Cândido dos Reis onde Eduardo Teixeira Pinto nasceu a 29 de abril de 1933 e onde existiu a empresa “Foto-Arte” criada pelo pai Joaquim Teixeira Pinto em 1930. O segundo cenário a ser fotografado foi a Calçada Eduardo Teixeira Pinto sita na margem direita do Rio Tâmega e o terceiro cenário foi criativo. Os participantes escolheram o lugar e deram largas à imaginação tendo sempre como base o ilustre amarantino e como é claro Amarante.
A exposição do 2.º Concurso de Fotografia “Ilustre Amarantino 2017” apresenta as 18 obras premiadas pelo júri composto por António Pinto, Francisco Piqueiro, José Manuel Ribeiro e Verónica Teixeira Pinto.
Os premiados deste concurso são Alexandre Marinho (1.º prémio), Jorge Meira (2.º prémio), António Cunha (3.º prémio), Abílio Mendes (Menção Honrosa), António Tendim (Menção Honrosa) e Patrícia Azevedo (Menção Honrosa).
A Associação para a Criação do Museu Eduardo Teixeira Pinto, o Café, Bar e Restaurante de São Gonçalo e a União de Freguesias de Amarante são as entidades responsáveis pela organização do Concurso de Fotografia “Ilustre Amarantino”.
A primeira edição deste concurso teve como tema o conceituado poeta e escritor Teixeira de Pascoaes e a terceira prestará homenagem ao grande pintor Amadeo de Souza Cardoso.
A exposição de fotografia do 2.º Concurso de Fotografia “Ilustre Amarantino 2017” pode ser visitada até ao dia 27 de janeiro na Biblioteca Municipal Dr. Renato Araújo.

Concurso “surpreendeu as pessoas pela sua originalidade”

A eleição de Eduardo Teixeira Pinto como personalidade amarantina a ser homenageada através deste concurso em 2017 teve um “gosto especial” para Verónica Teixeira Pinto, filha do fotógrafo, e para a Associação para a Criação do Museu Eduardo Teixeira Pinto.
“O primeiro premiado disse que era um desafio maior fotografar tendo como referência um dos nomes maiores da fotografia portuguesa”, revelou Verónica Teixeira Pinto ao labor.
O Concurso de Fotografia “Ilustre Amarantino” desde a primeira edição que tem contado com a participação de “grandes fotógrafos”, destacou a presidente da Associação para a Criação do Museu Eduardo Teixeira Pinto.
O facto deste concurso eleger uma personalidade, traçar cenários e levar os participantes a fotografarem em Amarante “surpreendeu as pessoas pela sua originalidade”, admitiu Verónica Teixeira Pinto ao labor.

Fonte: