segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

POESIA À MESA 2017

 


Hoje, 2ª feira, pelas 10h30, no Café Concerto, decorreu a Conferência de Imprensa para a apresentação do Programa da Campanha da Poesia à Mesa 2017.

S. João da Madeira recebe, em 2017, a 15ª edição da Campanha Poesia à Mesa, evento que decorre nesta cidade desde 2003. 

A Poesia à Mesa, projeto da Câmara Municipal de S. João da Madeira, tem vindo a assumir gradualmente um grande papel cultural, não só a nível local como nacional, sendo hoje uma das imagens fortes da cidade. 

Mais do que apenas assinalar o Dia Mundial da Poesia (21 de Março), esta campanha tem vindo a
contribuir para a promoção e divulgação de um vasto conjunto de poetas e suas obras, incentivando a
população a adquirir hábitos da leitura através de um conjunto de ações muito diversificado e dirigido a diferentes segmentos de públicos. 

A Campanha Poesia à Mesa tem, a cada ano que passa, uma maior adesão, envolvendo a comunidade
não apenas na sua condição de espectadora mas também de produtora de conteúdos e mensagens, como é o caso evidente da Peregrinação Poética ou da Poesia na Corda. 

Para além dos públicos locais e fruto de uma programação diversa e de qualidade que contempla
espetáculos, exposições, oficinas criativas poéticas, declamações em bares, restaurantes e fábricas,
animação de rua, apresentações de livros, conferências com poetas, entre outras, este evento tem
aproximado, a S. João da Madeira, públicos provenientes de toda a região norte do país. 

Como marca distintiva desta iniciativa, saliente-se a produção de um vasto conjunto de materiais
(toalhetes de mesa e bases de copos e chávenas, sacos de pão, aventais, lápis) onde são impressos os
textos dos seis poetas homenageados em cada campanha. Distribuídos massivamente, estes materiais
levam aos restaurantes, cafés, bares, padarias e comércio em geral, a palavra do poeta e a sua própria
imagem. 

O programa, sempre vasto e diversificado, tem contado todos os anos com inovações culturais,
demonstrando que a poesia pode ser encenada, cantada, recitada e, sobretudo, servida à mesa de
restaurantes e bares.  



OS COMISSÁRIOS 2017 | José Fanha e Paulo Condessa

José Fanha e Paulo Condessa assumem, em 2017, o comissariado da Campanha Poesia à Mesa.

SOBRE JOSÉ FANHA
José Fanha é poeta e escritor de literatura infanto-juvenil, e assume o papel de comissário deste evento nos últimos anos. Autor de uma vasta obra, começou a dizer poesia em público em 1969, participando na Campanha Poesia à Mesa desde as suas primeiras edições.
É guionista de televisão e cinema, dramaturgo e dramaturgista de teatro, sendo ainda autor de letras para canções e textos para rádio.


SOBRE PAULO CONDESSA
Paulo Condessa, formado e pós-graduado em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, abandonou o mundo da publicidade e do marketing por volta do ano 2000, passando a dedicar-se ao mundo artístico e criativo desde então.
Professor, escritor, leitor‑performer e pedagogo, Paulo Condessa tem um vasto currículo profissional, desenvolvendo regularmente performances poéticas e oficinas de inteligência criativa e escrita e leitura sensorial criativa.
É ainda autor de cinco livros e duas peças de teatro (uma das quais recebeu um prémio nacional).
Fundou, juntamente com o poeta Nuno Moura, o duo de performance poética “O Copo”.
Criou o Sistema Artístico e Pedagógico Orquestra de Palavras em 2000.
É membro fundador do duo “Os ElectroContos”.
Entre 1993 e 2013 foi docente em diversas instituições de ensino superior.






OS POETAS HOMENAGEADOS
ANTÓNIO ALEIXO
António Aleixo nasceu em Vila Real de Santo António, em 1899. Foi um poeta popular português celebrizado pela sua ironia e pela crítica social. É também recordado por ter sido um homem simples, humilde e semi-analfabeto que deixou como legado uma obra poética singular no panorama literário português da primeira metade do século XX.

ANTÓNIO TORRADO
António Torrado nasceu em Lisboa, em 1939. Poeta, ficcionista, dramaturgo, autor de obras de pedagogia e de investigação pediográfica, é um contador de histórias por excelência. Tem mais de 120 livros publicados, onde sobressai a produção literária para crianças.

CLAUDIA R. SAMPAIO
Cláudia R. Sampaio nasceu em 1981, em Lisboa. Em 2014 publicou o seu primeiro livro de poesia, “Os dias da corja” (Do Lado Esquerdo), seguindo-se “A primeira urina da manhã” (Douda Correria) em 2015. Desde então, tem colaborado em várias revistas e antologias de poesia. Vive em Lisboa com as suas duas gatas.

EGITO GONÇALVES
Egito Gonçalves nasceu em Matosinhos, em 1922. Começou a publicar livros de poesia na década de 1950. Esteve ligado a algumas revistas de poesia que fundou ou dirigiu. Poeta e tradutor, desempenhou um grande papel na animação cultural e literária do Porto. Foi um dos fundadores do Teatro Experimental do Porto.

JOAQUIM PESSOA
Joaquim Pessoa nasceu no Barreiro em 1948. Poeta, artista plástico, publicitário e estudioso de arte pré-histórica, publicou mais de 27 livros, nomeadamente, “Ano Comum” e “O Poeta Enamorado”. Foi premiado três vezes pela sua obra. Conta com mais de 600 recitais da sua poesia, realizados em Portugal e no estrangeiro.

OLINDA BEJA
Olinda Beja nasceu em São Tomé e Príncipe, em 1946. Poeta e narradora, publicou vários livros, nomeadamente, “Bô Tendê?” (poemas), 15 dias de regresso (romance), e “Pé-de-perfume” (contos). As suas obras têm sido objeto de estudo em várias universidades, nomeadamente, no Brasil, Inglaterra, Alemanha, França, África do Sul.


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

CLUBE DE LEITURA - FEVEREIRO

Ontem, pelas 21h00, decorreu mais uma sessão do Clube de Leitura para a abordagem da obra "Prantos, amores e outros desvarios" de Teolinda Gersão.

Trata-se de um conjunto de 14 extraordinários contos sobre a vida de pessoas comuns, com um grande realismo, uma linguagem limpa, simples, bastante acessível e popular. No entanto, é bem clara alguma complexidade, acutilância e profundidade na sua escrita.

Segundo a crítica de Maria Alzira Seixo, no Jornal das Letras, "O que Teolinda Faz é escrever a vida" e a "vida é um cão raivoso", por isso, são os prantos, amores e desvarios de todas nós, retratando o quotidiano comum. Estão lá as frustrações, a solidão, a velhice, a crueldade das pessoas e do mundo.

O último conto "Alice in Thunderland" é uma nova variação sobre a vida de Alice e de Lewis Carroll (1832-1898) autor da obra "Alice no país das maravilhas".
Viajamos até à época da moral vitoriana, mas deparamo-nos com a excêntrica vida do reverendo anglicano, escritor, romancista, contista, fabulista, poeta, desenhista, matemático, fotógrafo e da sua relação enigmática com meninas menores, entre as quais Alice Lidell, que já deu origem a inúmeras teses.

A sessão foi muito agradável, divertida e muito enriquecedora. Foi bom ler Teolinda Gersão, considerada uma das maiores escritoras portuguesas da atualidade, galardoada com os mais prestigiados prémios literários nacionais, escritora-residente na Universidade de Berkeley, com alguns dos seus contos adaptados ao cinema e teatro encenados em Portugal, Alemanha e Roménia.

Como em quase todas as sessões, não faltaram as sugestões para leituras relacionadas,  como por exemplo, "O fotógrafo e a rapariga" de Mário Cláudio,  "Lolita" de Nabokov, "A rapariga do brinco de pérola" de Tracy Chevalier.

E quase sempre, um livro, um conto, um romance, remete-nos, incansavelmente, para outro e mais outro, ficando a sensação que precisaríamos de muitas vidas para satisfazer esta  imensa sede de leitura.


 
 
 




quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

30 ANOS - JOSÉ AFONSO

Na passagem pelo 30º aniversário do desaparecimento do grande cantor e poeta português, o nosso Bob Dylan, destacamos alguns documentos (Cd's e livros), disponíveis na Biblioteca Municipal.


Ana Margarida de Carvalho vence Prémio Literário Manuel de Boaventura 2017

 

A escritora Ana Margarida de Carvalho é a vencedora da primeira edição do Prémio Literário Manuel de Boaventura, atribuído pelo Município de Esposende, no valor de 7500 euros.
O júri, constituído pelos professores Sérgio Paulo Guimarães de Sousa, da Universidade do Minho, na qualidade de presidente, António Manuel Ferreira, da Universidade de Aveiro, e por Maria Luísa Leite da Silva, da Câmara Municipal de Esposende, ambos na qualidade de vogal,  decidiu, por unanimidade, atribuir o prémio ao romance “Não se pode morar nos olhos de um gato”, editado em 2016, sustentando que a “decisão reflete o facto de se tratar de uma obra dotada de um imaginário poderoso e servida por uma força narrativa invulgar, visível não apenas no modo denso como convoca ressonâncias intertextuais, como pelo seu invulgar merecimento estético-expressivo”.
Participaram, nesta edição, 113 títulos, provenientes tanto de Portugal como de países de língua oficial portuguesa.
A data de cerimónia de entrega do Prémio ocorrerá em data a anunciar.
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“Não se pode morar nos olhos de um gato”

Em finais do século XIX, já depois da abolição da escravatura, um tumbeiro clandestino naufraga ao largo do Brasil. 
Um grupo de náufragos atinge uma praia intermitente, que desaparece na maré cheia: um capataz, um escravo, um mísero criado, um padre, um estudante, uma fidalga e sua filha, um menino pretinho ainda a dar os primeiros passos… Todos são vencedores na morte, perdedores na vida. 
O mar, ao contrário dos seus antecedentes quotidianos, dá-lhes agora uma segunda oportunidade, duas vezes por noite, duas vezes por dia. 
Ao contrário do que pensam, não estão sós naquele cárcere, com os penhascos enquanto sentinelas, cercados de infinitos, entre o céu e o oceano. Trazem com eles todos os seus remorsos, todos os seus fantasmas. E mais difícil do que fazerem-se ao mar ou escalarem precipícios será ultrapassarem os preconceitos: os de raça, os de classe social, os de género, os de credo. 
Para sobreviverem, terão de se transformar num monstro funcional com muitos braços e muitas cabeças; serão tanto mais deuses de si próprios quanto mais se tornarem humanos e conseguirem um estado de graça a que poucos terão acesso: a capacidade de se colocarem na pele do outro.


Já disponível na Biblioteca.

 

NOVIDADES LITERÁRIAS E SUGESTÕES DE LEITURA

 



segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

INAUGURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIA "ACROBATIC PROJECT"DE J. P. MARTINS

Na passada 6ª feira, pelas 18h30, decorreu a inauguração da Exposição de Fotografia "Acrobatic Project" do premiado fotógrafo e professor sanjoanense J. P. Martins, com a presença do Vice-Presidente da Câmara, a Diretora da Divisão da Cultura, familiares, amigos e muitos admiradores.

Além de uma visita guiada proporcionada pelo autor, todos os presentes assistiram a uma performance com dois bailarinos/acrobatas, Joana Martins e Pedro Carvalho, do grupo Ventos e Tempestades, de que também fazem parte o vasto elenco de artistas fotografados. 


O convívio desde a mais tenra idade com inúmero material fotográfico pertença de seu pai – um apaixonado pela arte – bem como a sua influência foram motivos determinantes para o início da sua atividade como fotógrafo em 1981.



Desde então participou em mais de três dezenas de exposições individuais e colectivas em Portugal e no estrangeiro.



É autor premiado em inúmeros certames de fotografia e editado em alguns livros da especialidade. Possui ainda trabalhos publicados em revistas de fotografia nacionais e estrangeiras, cartazes publicitários, blogues, jornais e capas de livros.



Autor e editor em 2005 do livro de fotografia “O Perfume da Tradição” centrado sobre a tradição dos Tapetes de Flores em Vila do Conde, localidade onde reside desde 1983.



É responsável desde 2013 pelo Projecto fotográfico “Acrobatic Project” (https://www.facebook.com/AcrobaticProject) e mais recentemente do blog “4 Fotografias+1 Texto” em (https://jpedromartinsfotografia.wordpress.com)

É fotógrafo do Teatro Municipal de Vila do Conde e da LFA – Lafontana Formas Animadas | Companhia de Teatro.


Novos projectos se estão e irão sequenciar…

Em suma, a fotografia é para ele, uma simbiose de emoção, criação, comunicação, inovação, (auto)superação,… PAIXÃO

Esta exposição estará patente na Biblioteca até 3 de Março, dentro do seu horário de funcionamento.