sexta-feira, 30 de novembro de 2012

NOVIDADES NA BIBLIOTECA






MÁRIO ZAMBUJAL NA BIBLIOTECA

A sessão com Mário Zambujal decorreu animada e bastante participada, com a presença de muitos admiradores e com os elementos do Clube de Leitura, que tinham previamente lido a sua mais recente publicação "Cafuné". 

O escritor e jornalista veio falar-nos da sua obra literária e do seu percurso pela imprensa nacional. Sobre "Cafuné" o escritor explicou a sua tentativa de que que esta obra não fosse confundida com um romance histórico, apesar de surgirem personagens da nossa história, como por exemplo o rei D. João e Carlota Joaquina e retratar a época em que a corte abandona o país e foge para o Brasil.

Este livro obrigou-o a consulta de trabalhos de investigadores históricos que tinham passado anos nos Arquivos e a quem ele faz referência das suas fontes.
Afastou-se dessa febre dos romances históricos e também questiona se Cafuné poderá ser considerado um romance, pois segundo ele, pelos canones clássicos, a arquitectura do romance é bem mais complexa. 

Mário Zambujal explica que como antigo jornalista passou à ficção para contar coisas que não aconteceram mas poderiam muito bem ter acontecido e pretendeu arquitectar uma história de crítica de costumes, vida e personagens urbanas, muito contemporâneas com um olhar de jornalista.
  
Zambujal revelou-nos aquilo que já todos sabiam, é um humanista e de uma grande sensibilidade em relação a tudo o que o rodeia, mas prefere divertir as pessoas com as suas histórias e sente-se muitas vezes compensado ao ser abordado pelos seus leitores que lhe confirmam já ter feito rir à gargalhada pessoas que estavam em profunda depressão. 

Confessou-nos ainda que se esforça pela adaptação aos novos tempos, mas choca-o a actual situação e esta sociedade que se caracteriza por ser cada vez mais egoísta, individualista, em evolução tecnológica acelerada.

Mário Zambujal, fez a sua estreia literária em 1980 com Crónica dos Bons Malandros a que se seguiram Histórias do Fim da Rua e À Noite Logo se Vê. Após um interregno, em que escreveu histórias para televisão, teatro e rádio, voltou aos livros com Fora de Mão, Primeiro as Senhoras, Já Não se Escrevem Cartas de Amor e Uma Noite Não São Dias e Dama de Espadas e em 2012 publica Cafuné. Presidente do Clube de Jornalistas, Mário Zambujal foi ainda jornalista de A Bola e de O Jornal, subchefe de redacção de O Diário de Lisboa, chefe de redacção de O Século, director-adjunto do Record, director do Mundo Desportivo e dos semanários Se7e e Tal & Qual, subdirector do Canal 2 da RTP e apresentador de diversos programas de televisão. 

Todos os livros de Zambujal estão disponíveis para empréstimo na biblioteca. Aventure-se!








terça-feira, 27 de novembro de 2012

VALTER HUGO MÃE vence Grande Prémio PT da Literatura


          [À Conversa com... Valter Hugo Mãe, 2009]                      [Poeta homenageado na Poesia à Mesa 2012]


“A Máquina de Fazer Espanhóis” rendeu duas distinções nesta edição do prestigiado prémio. Valter Hugo Mãe é o terceiro autor português a ser distinguido neste evento.

O escritor português Valter Hugo Mãe venceu esta noite a décima edição do Prémio Portugal Telecom de Literatura em Língua portuguesa.

Valter Hugo Mãe tornou-se o terceiro português a vencer este prémio lusófono.

Este foi o primeiro ano em que para além das categorias de poesia, conto e romance se entregava também um “Grande Prémio”. Valter Hugo Mãe venceu esta distinção e também a categoria de Romance, com o livro “A Máquina de Fazer Espanhóis” e junta-se assim a outros nomes como Gonçalo M. Tavares e António Lobo Antunes que já antes venceram o prémio PT de Literatura.
Saiba mais em: http://rr.sapo.pt/

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

NOVIDADES NA BIBLIOTECA






Apresentação do livro "Post Mortem e outros uivos" de Tiago Moita

Ontem, pelas 21h30 decorreu na biblioteca a sessão de apresentação do mais recente livro de  Tiago Moita, na qual marcaram presença muito amigos e admiradores.
A apresentação esteve a cargo da professora Cristina Marques, que estabeleceu uma relação estilística com a obra de Pessoa e a sua poesia épica e com  Withman e em síntese fez referência à predominância de nomes (antigamente substantivos) e ausência de pontuação.
Quanto ao seu conteúdo destacou o carácter contestatário, heteronímico, profícuo em palavras, no entanto, permite que a poesia flua e respire, plena da sua dimensão introspectiva e existencialista.
A segunda parte da obra, no seu uivo ou grito de dimensão interior e animalesca, condição original do homem primitivo, apontando o dedo acusador e sem medo de anunciar o homem na sua dimensão individual.
Tiago assume o grito de revolta de toda uma geração que nasceu após o 25 de Abril de 1974, numa revolução que se aproxima mais de um  processo de transformação da sociedade a partir do indivíduo.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Marlene Correia Ferraz é o prémio revelação Agustina-Bessa Luís 2012



PRÉMIO REVELAÇÃO AGUSTINA BESSA-LUÍS PARA MARLENE CORREIA FERRAZ 

O prémio, atribuído pela Estoril-sol desde 2008, distinguiu o romance A Vida Inútil de José Homem, de Marlene Correia Ferraz. O júri escolheu, por maioria, esta obra pela sua «apreciável desenvoltura narrativa e uma relação criativa com a língua portuguesa».

O júri foi presidido pelo escritor Vasco Graça Moura e integrou Guilherme d`Oliveira Martins em representação do Centro Nacional de Cultura, José Manuel Mendes pela Associação Portuguesa de Escritores, Maria Carlos Loureiro pela Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, Manuel Frias Martins pela Associação Portuguesa dos Críticos Literários e ainda Maria Alzira Seixo e Liberto Cruz, como convidados, e Nuno Lima de Carvalho e Dinis de Abreu, pela Estoril Sol.

O Prémio Revelação Agustina Bessa-Luís foi instituído em 2008, por ocasião dos 50 anos da Estoril Sol, que estabeleceu um protocolo com a editora Gradiva para a publicação das obras vencedoras.

Ver mais em: http://www.iplb.pt/sites/DGLB/Portugues/noticiasEventos/Paginas/PremioLiterarioRevelacaoAgustina2012.aspx

terça-feira, 13 de novembro de 2012

GONÇALO M. TAVARES E RICHARD ZIMLER




Os escritores Gonçalo M. Tavares e Richard Zimler estão entre os 154 candidatos ao Internatinoal IMPAC Dublin Literary Award 2013, uma selecção feita a partir das escolhas de bibliotecas de vários países. 

As obras são candidatas a um prémio de 100 mil euros - o valor mais elevado entre todos os prémios literários - e foram nomeadas por bibliotecas de 120 cidades, em 44 países de 19 línguas diferentes.

A shortlist será anunciada a 9 de Abril do próximo ano e o vencedor é conhecido no dia 6 de Junho de 2013.

Aprender a Rezar na Era da Técnica do escritor português Gonçalo M. Tavares e Os Anagramas de Varsóvia do norte-americano Richard Zimler que vive no Porto, estão na longlist de 154 escritores candidatos ao IMPAC 2013, que foi anunciada esta segunda-feira.

Entre os nomeados, que irão agora ser avaliados pelo júri deste prémio literário, estão também O sentido do fim de Julian Barnes Man Booker Prize 2011, O cemitério de Praga de Umberto Eco, 1Q84 de Haruki Murakami, The Marriage Plot de Jeffrey Eugenides, Last Man in Tower de Aravind Adiga (O Último Homem na Torre),  The Art of Fielding de Chad Harbach (A Arte de Viver à Defesa), Say Her Name, de Francisco Goldman (O Último Dia de um Amor Eterno), The Map and the Territory , de Michel Houllebecq (O Mapa e o Território), The Stranger’s Child, de Alan Hollinghurst (O Filho do Desconhecido), A Man of Parts, de David Lodge.

A Biblioteca deseja os maiores sucessos para estas candidaturas, especialmente a Gonçalo M. Tavares, homenageado na campanha Poesia à Mesa 2011 e a Richard Zimler, que já esteve na nossa biblioteca numa sessão de "À Conversa com...". em 2009.

Algumas das obras candidatas estão disponíveis na Biblioteca. Venha desde já desfrutar desta literatura gourmet.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

APRESENTAÇÃO DE LIVRO "O RIM ARTIFICIAL" DE MARGARIDA NEGRAIS

Na passada sexta-feira, dia 9, pelas 21h30, decorreu a apresentação da obra "O rim artificial. Uma história de afetos" de Margarida Negrais e de Levi Guerra, médico nefrologista e pioneiro da hemodiálise em doentes renais crónicos no Norte de Portugal. 
A apresentação esteve a cargo de Pereira da Costa na vertente literária e de António Luís Morais Sarmento na vertente científica. 
A sessão foi animada musicalmente pela voz de Isabel Fontoura, e pelas violas de Paula Gaio e Stella Azevedo. 
A obra surge na consequência de um trabalho de voluntariado da autora no projeto "Histórias ao ouvido" da Biblioteca Municipal Almeida Garrett, no Hospital Maria Pia. 

Este livro, magnificamente ilustrado pelo pintor José Emídio, consta de um diálogo entre um jovem insuficiente renal crónico, Roque, mantido anos em diálise até receber um transplante, e o Rim artificial, humanizado ( a Máquina Rute), personalização da Ciência que o construiu, representando uma das grandes vitórias da Medicina no século passado. De forma atrativa, o diálogo desenvolve-se com uma expressividade natural, próxima da singeleza da oralidade entre dois amigos, sendo que um deles se apresenta grato ao outro, que lhe salvou a vida. No diálogo se relevam de forma sumária os princípios científicos envolvidos na conceção da Máquina e os longos progressos clínicos conseguidos até hoje.

Procura-se salientar, por fim, a imensa importância do Rim Artificial na Medicina Moderna e o número incalculável de doentes salvos por este procedimento, merecendo, por isso, uma reverência especial de toda a gente.