A exposição comemorativa dos 450 anos da lírica de Luís de Camões, em
Lisboa, apresenta pela primeira vez duas impressões da mesma ode,
datadas de 1563, com “ligeiras alterações”, disse à Lusa o historiador
João Alves Dias.
“A grande revelação desta
exposição é que mostra duas impressões feitas em Goa, do mesmo ano e do
mesmo impressor, de ‘Coloquios dos simples’, de Garcia de Orta, em que
há duas versões diferentes da ode de Camões”, disse à Lusa Alves Dias,
que fez a investigação e organizou a exposição que estará patente a
partir de segunda-feira, na sala de referência da Biblioteca Nacional,
em Lisboa.
“Identifiquei duas edições ou impressões dos Colóquios
de Garcia de Orta, a A e B, feitas no mesmo tipo de material que não
existe em Lisboa e só em Goa, ambas do mesmo ano e do mesmo tipógrafo, o
alemão Johann de Enden, que havia pouco tempo instalara o seu prelo na
Índia portuguesa”, explicou o historiador.
Entre as duas edições,
Alves Dias assinalou algumas diferenças, nomeadamente erros que, numa
edição, existem e na outra foram corrigidos, levando-o a considerar como
“2.ª edição ou edição B”, aquela em que não são notados os erros.
A
ode, pedindo a protecção para um livro de um amigo, é o primeiro poema
de Luís de Camões que foi publicado, e “integra o conjunto de paratextos
dos ‘Coloquios dos simples, e drogas he cousas medicinais da India’, de
Garcia de Orta”.
Ver mais em: http://www.publico.pt/n1596828
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