Ana Luísa
Amaral e Bruno Vieira Amaral são os vencedores, ex-aequo, do Prémio PEN Clube
de Narrativa 2013.
E, curiosamente, os dois autores venceram o prémio com os
seus romances de estreia.
Ara, de Ana Luísa Amaral (ed. Sextante), marca a
primeira aventura da poeta pelo território do romance, aos 57 anos, narrando
uma história de amor entre duas mulheres, híbrida, provocatória, libertadora.
Um romance sem personagens, sem acção, feito de vozes. Como de vozes é feito
também As Primeiras Coisas, o primeiro romance de Bruno Vieira Amaral (ed.
Quetzal). São elas que emergem do Bairro Amélia, personagem principal do
romance, da qual saem tantas outras, as pessoas que ali vivem, ou viveram, como
Vera, a adolescente que desaparece de casa, ou Joãozinho Treme-Treme, que
aparece assassinado junto ao depósito de água.
A decisão foi tomada por um júri
composto por Teresa Salema, Vítor Viçoso e Filipa Melo. Eram também finalistas
nesta categoria os romances Que Importa a Fúria do Mar, de Ana Margarida de
Carvalho (que, editado pela Teorema, venceu hoje o Prémio APE de Romance e
Novela), A Liberdade do Pátio, de Mário de Carvalho (ed. Porto Editora) e
Armadilha, de Rui Nunes (ed. Relógio d’Água).
Na categoria
de poesia, também duas obras foram distinguidas ex-aequo:
Fogo, de Gastão Cruz
(ed. Pela Assírio & Alvim) e Como uma Flor de Plástico na Montra de um
Talho, de Golgona Anghel (ed. Assírio & Alvim), escolhidas por um júri
composto por João David Pinto-Correia, Fernando Martinho e Pedro Eiras.
Eram
também finalistas de poesia Categorias e Outras Paisagens, de Fernando
Echevarria (ed. Afrontamento), Depois da Música, de Luís Quintais (ed.
Tinta-da-China) e Rua de Nenhures, de Pedro Tamen (ed. Dom Quixote).
No que toca
ao ensaio, Para Que Serve a História, de Diogo Ramada Curto, foi o livro eleito
por um júri composto por Maria João Cantinho, Paula Mourão e Nuno Crespo. Eram
também finalistas Atlas do Corpo e da Imaginação, de Gonçalo M. Tavares (ed.
Caminho), Por Detrás da Grade – Poesia Conventual Feminina, de Isabel Morujão
(ed. Imprensa Nacional-Casa da Moeda), Arte e Niilismo, Nietzsche e o Enigma do
Mundo, de João Constâncio (ed. Tinta-da-China), e História do PCP, de João
madeira (ed. Tinta-da-China).
Já o prémio
para primeira obra distingue também dois livros: Ensaio Sobre o Pensamento
Estético de Adorno, de João Pedro Cachopo (ed. Vendaval), e Cinza, de Rosa
Oliveira (ed. Tinta-da-China), eleitos por um júri composto por membros dos
três júri.
Esta obra já se encontra disponível na Biblioteca. Desfrute da sua leitura!
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