sexta-feira, 20 de outubro de 2017

ESPETÁCULO "PESSOAS DE FERNANDO" NA CASA DA CRIATIVIDADE



No âmbito do Mês Internacional das Bibliotecas Escolares, o Município e a Biblioteca  Municipal proporcionaram, no passado dia 19 de Outubro, pelas 11h00 e 15h00, na Casa da Criatividade, o espetáculo "Pessoas de Fernando", destinado aos alunos do 12º ano de todas as Escolas Secundárias da cidade e restante comunidade sanjoanense. 

Este projecto envolveu música e poesia, baseado em textos de Fernando Pessoa, tendo sido ditos por Manuela Melo, Margarida Dias e Gil Milheiro.
A parte musical, com a voz de Miguel Fernandes, Paulo Freitas e um conjunto de músicos, na qual não faltaram as Guitarras, a Harmónica, o Bandolim, o Ukulele e a Guitarra Portuguesa, fizeram vibrar o jovem público.


A performance ao vivo transportou para o palco o conteúdo do cd editado em Janeiro deste ano. Trata-se de um álbum conceptual, em que todos os poemas ou excertos de poemas surgem fundidos com ambientes sonoros e/ou musicais ou sob a forma de canção. 


“...Pessoas de Fernando, é o nosso caminho, consubstanciado nas emoções que a leitura do Poeta suscitou em nós… Dado que a Poesia e a Música se abraçam numa simbiose artística inalienável, quisemos, ao unir estas duas expressões, prestar o nosso tributo ao Poeta”.



"Eivados do princípio pessoano de que a criação artística é “intelectualização da sensação através da expressão”, tivemos como ponto de partida a nossa própria emoção de leitores, convictos de que um poema é um produto intelectual, artisticamente verdadeiro e realizado, desde que accione as cordas do sentir de quem o lê.



Pessoa foca-se num eu inquieto, voltado para a obsessão da análise de temas em torno da nostalgia de um bem perdido, ou da reminiscência do mundo feérico e irreversível da infância, da solidão e da angústia existencial, do cepticismo, da náusea, do conflito entre o ser e o não ser, do amor. Por estas sendas enveredámos para aqui chegarmos.



E depois… a música, a nossa, aquela que foi ‘batendo’ dentro de nós, como um manancial que nasce das entranhas da terra e se faz seiva para alimentar a palavra poética, fazendo de ambas um organismo vivo".



Sendo a música, no dizer de Degas, “não a forma, mas a maneira de entender a forma”, quisemos que a nossa música entrasse em diálogo com a palavra de Fernando Pessoa.



Com este contributo, pretende-se que este espetáculo tenha feito despertar o interesse pelo estudo e fruição do obra pessoana.

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