segunda-feira, 6 de abril de 2009

MEIA NOITE OU O PRINCÍPIO DO MUNDO/RICHARD ZIMLER

…Todos os grandes compositores estão a dizer-nos com os seus acordes e melodias – e até nos silêncios entre as notas – que a vida é longa, mas não tão longa como nós julgamos ao princípio. E que também vai ser muito mais dura do que algumas vezes imaginámos; por isso, devemos criar toda a beleza de que formos capazes enquanto cá estivermos e ajudar todas as pessoas a quem amamos a fazer a mesma coisa. Também devemos ouvir-nos uns aos outros da mesma forma como os ouvimos a eles – isso é muito, muito importante. E devemos ter a coragem de lutar contra tudo que comprometa a nossa própria beleza ou que, de alguma maneira, a possa prejudicar. Todos os compositores verdadeiramente grandes estão a preparar-nos para vivermos correctamente e a dar-nos coragem para seguirmos com as nossas vidas o melhor que pudermos mesmo que tenhamos cometido os erros mais imperdoáveis…


RICHARD ZIMLER, nasceu em Nova Iorque em 1956, é professor de jornalismo na Universidade do Porto desde 1990 e naturalizou-se português em 2002.
Quem gostou de “O Último Cabalista de Lisboa”, romance histórico do escritor não pode deixar de ler "MEIA-NOITE OU O PRINCÍPIO DO MUNDO", uma espécie de continuação da obra anterior, ambas disponíveis na Biblioteca Municipal.
Zimler, nesta obra-prima, transporta-nos ao Porto oitocentista, onde nos é permitido conhecer diversas personagens - judeus portugueses, escoceses, um mágico africano, pioneiros americanos, escravos - na época das invasões francesas e da intolerância com as minorias, onde podemos obter grandes ensinamentos e reflexões.
ZIMLER, Richard - Meia noite ou o princípio do mundo. Lisboa: Gótica, 2003

3 comentários:

  1. Dois belíssimos livros, de facto.
    Promovam a seguir "À procura de Sana",onde Zimler se expõe, neste tempo, onde há ainda imensa intolerância.
    Parabens pelo conteúdo do vosso blog.
    Elisabete

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  2. São belíssimas estas palavras que julgo serem de Richard Zimler. Todos nós precisamos de arte para que a nossa vida ganhe mais sentido. A arte, a literatura, a música lembram-nos que fomos feitos para voar sempre mais alto. Como escreveu o Fernando Assis Pacheco: "Um homem tem de viver com um pé na Primavera." Todos nós temos de viver com um pé na primavera da beleza, da maravilha, do amor.

    José Fanha

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  3. Belíssimas palavras estas que julgo serem de Richard Zimler. Todos precisamos de arte e poesia como de pão para a boca. porque é a arte, a literatura, a música que nos fazem voar mais alto. Como dizia o Fernando Assis Pacheco "Um homem tem de viver com um pé na Primavera" Todos temos de viver com um pé na Primavera, na promessa de maravilha, no amor.

    José Fanha

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