quinta-feira, 9 de maio de 2013

Prémio Leya 2012, “alegoria do mundo contemporâneo” de Nuno Camarneiro






Entre recados ao secretário de Estado da Cultura sobre o regime fiscal dos livros electrónicos e com Manuel Alegre e Cavaco Silva a sublinharem a importância da língua e a urgência da “consolidação do espaço lusófono”, respectivamente, Nuno Camarneiro recebeu esta quarta-feira o Prémio Leya 2012. O mais importante prémio literário português (100 mil euros) foi para o recém-editado Debaixo de algum céu, livro que Alegre, presidente do júri, descreveu como “um retrato de uma microsociedade”, “uma alegoria do mundo contemporâneo”.

O vencedor, que recebeu “uma chamada telefónica sonhada mas pouco esperada” em Dezembro anunciar que o seu inédito fora escolhido pelo júri entre seis outros finalistas e cerca de 270 candidatos que se apresentaram, tal como ele, sob pseudónimo, dedicou o prémio à sua bisavó. “Não sabia ler”, mas educou três gerações que viram o seu nível de escolaridade aumentar com a passagem das décadas, evolução de um país que Camarneiro, investigador das Universidades de Aveiro e Portucalense e formado em Engenharia Física, teme que hoje se corra o risco de perder. “Espero que saibamos ler os tempos”, apelou num hotel em Lisboa, na presença do Presidente Aníbal Cavaco Silva e do secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier.






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