segunda-feira, 11 de novembro de 2019

INAUGURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO DE AQUARELAS "PARAGENS, onde as viagens cabem" DE NANNI PINTO


Na passada sexta-feira, pelas 18h30, teve lugar a inauguração da exposição de aguarelas "Paragens, onde as viagens cabem" da artista sanjoanense Nanni Pinto, com a presença de Irene Guimarães, Vereadora da Educação, amigos, familiares e admiradores.

Nanni é também uma excelente ilustradora e tem sido presença habitual nos Encontros anuais de Ilustração, promovidos pela Junta de Freguesia de S. João da Madeira.

Alice Gradíssimo na apresentação da obra e da artista não poupou elogios à técnica de aguarela, que Nanni soube aprimorar de forma admirável, visto ser das mais difíceis de se conseguir bons resultados. É feita apenas com água, pigmentos e habilidade na manipulação destes elementos.

Alice conduz-nos no percurso entre aguarelas e ilustrações e afirma "Como ponto de partida e de chegada remeto estes “flashes” do livro da artista e escritora, como pontes para as suas aguarelas que se revestem de particularidades e se ligam a mundos vividos e experienciados em solidões e vidas transpostas para a película ou tela. São suportes vivos e frágeis, papéis, que vivem da água e de pigmentos…  

 A pintura de nannipinto comunica através de olhares e abraços compridos que nos levam numa viagem de reflexão e perscrutação ao “Eu” emancipatório. Assim, a transparência da aguarela é elevada em múltiplos sentidos e é edificada na obra, como reflexo da permanência que fica, … camada a camada, cor a cor, viva e quente, mostra revivalismos onde o ser se constrói em pinceladas longas, curtas, precisas e curvilíneas… 

 A vida a correr, o ser a viver dicotomias entrelaçadas na trama que trama os movimentos perpétuos… desnovelar o rolo de arte pura de pigmentos que mantém o cromatismo e permitem a visão de camadas de tinta com sobreposições cromáticas, tão delicadas como difíceis… 

 A sua obra remete-nos para a esfera oriental, o exótico permanece, tal como o primitivismo que nos leva às origens, dizê-lo em sentido duplo: origem da técnica e no sentido ontológico. A artista parece ter a dupla intenção de juntar o oriente ao ocidente, trazendo-nos figurações, retratos e técnicas originárias da China. 

Sobre papel e pergaminho, ditam-se histórias e estórias onde a palavra escrita se transmuta em cores do sol e ouro…alquimia de tons e sons, o vento, a chuva, o fogo, quente e frio, dicotomias de qualquer coisa em muitos lugares comuns…"

Esta mostra, que merece a sua visita,  estará patente até 31 de dezembro. 









 






 



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