Hoje será
realizada mais uma sessão do Clube de Leitura, em clima de festa. É que o
Clube já faz dois anos de existência!!
Estão de
parabéns os nossos leitores, os livros, as leituras, a partilha, enfim, todos
nós!
Com uma
periodicidade mensal (à exceção de agosto e dezembro), o Clube de Leitura
destina-se a promover o prazer da leitura partilhada. As reuniões decorrem à
volta de um livro previamente escolhido e lido por todos, proporcionando a
convivência e a discussão entre quem gosta de ler e explorar os livros lidos,
tornando a experiência da leitura ainda mais estimulante. Pontualmente poderá
ter um escritor/dinamizador convidado.
Para pertencer
ao Clube de Leitura é apenas necessário gostar de ler e descobrir que
aventuras, emoções, sensações e mistérios habitam por detrás de um livro.
De que está à
espera para se juntar ao Clube??
Para a sessão de
hoje, entre as 21 e 22 horas, foi escolhida a obra "Por favor, não matem a
cotovia" de Harper Lee, livro que faz parte da selecção para o Plano
Nacional de Leitura, recomendado para o 3º ciclo, destinado a leitura autónoma.
Foi também Prémio Pulitzer.
Sinopse: Situado
em Maycomb, uma pequena cidade imaginária do Alabama, durante a Grande
Depressão, o romance de Harper Lee, vencedor do Prémio Pulitzer, em 1961, fala-nos
do crescimento de uma rapariga numa sociedade racista.
Scout, a
protagonista rebelde e irónica, é criada com o irmão, Jem, pelo seu pai viúvo,
Atticus Finch. Ele é um advogado que lhes fala como se fossem capazes de
entender as suas ideias, encorajando-os a refletirem, em vez de se deixarem
arrastar pela ignorância e o preconceito.
Atticus vive de
acordo com as suas convicções. É então que uma acusação de violação de uma
jovem branca é lançada contra Tom Robinson, um dos habitantes negros da cidade.
Atticus concorda
em defendê-lo, oferecendo uma interpretação plausível das provas e
preparando-se para resistir à intimidação dos que desejam resolver o caso
através do linchamento. Quando a histeria aumenta, Tom é condenado e Bob Ewell,
o acusador tenta punir o advogado de um modo brutal.
Entretanto, os
seus dois filhos e um amigo encenam em miniatura o seu próprio drama de medos,
centrado em Boo Radley,
uma lenda local que vive em reclusão numa casa vizinha.
Recentemente,
alguns dos mais importantes livreiros norte-americanos atribuíram grande
destaque ao livro, ao elegerem-no como o melhor romance do século XX.
Críticas de
imprensa
«Sem dúvida um
verdadeiro fenómeno literário, este romance sulista não apresenta a mais
pequena mácula nas suas delicadas folhas de magnólia. Divertido, alegre e
escrito com uma precisão cirúrgica.»Vogue
«O estilo de
Harper Lee revela-nos uma prosa enérgica e vigorosa capaz de traduzir com
minúcia o modo de vida e o falar sulistas, bem como uma imensa panóplia de
verdades úteis sobre a infância no sul dos EUA.»Time
Nelle Harper Lee, nasceu a 28 de abril de 1926, em Monroeville, Alabama, nos
Estados Unidos da América. Era a mais nova de quatro irmãos.
Em criança,
Harper Lee foi uma maria-rapaz e uma leitora precoce, tendo como vizinho e
colega de escola Truman Capote.
Depois de ter
acabado o liceu em 1944, frequentou o Huntingdon College em Montgomery, e, mais
tarde, a Universidade de Alabama. Entre os seus colegas ficou conhecida por
gostar da solidão e de livros. Colaborou no jornal escolar, Rammer Jammer.
Depois de
regressar de um verão na Universidade de Oxford, em Inglaterra, Lee abandonou
os estudos de Direito e partiu para Nova Iorque, decidida a tornar-se
escritora. Trabalhou em empresas de aviação e manteve-se em contacto com Truman
Capote. São dessa época os seus primeiros contos.
Lee acabou de
escrever Mataram a cotovia no verão de 1959. Publicado em julho 1960,
o romance recebeu no ano seguinte o Prémio Pulitzer de Ficção.
Mataram a
cotovia tem aspectos autobiográficos.
Tal como
Lee, a protagonista do livro, Scout Finch, era filha de um advogado numa
pequena cidade (e o apelido de solteira da mãe de Harper Lee era Finch). Dill,
o amigo dos dois irmãos do romance, inpira-se em Capote, que, por sua vez, se
inspirou em Harper Lee para
criar a personagem de Idabel Thompkins em outras vozes, outros quartos.
Depois de ter
terminado a escrita do seu romance, Lee acompanhou Truman Capote a Holcomb,
Kansas, para o apoiar na investigação do assassínio de um fazendeiro e da sua
família.
Foi o material
então reunido que deu origem a A sangue frio.
Embora tenha
iniciado um segundo romance, The Long Goodbye e publicado alguns
escritos, Harper Lee não voltaria a editar qualquer livro.
Recusou também
proferir conferências ou conceder entrevistas. Aceitou no entanto ser nomeada
para o National Council on the Arts e receber o doutoramento Honoris Causa da
Universidade de Notrer Dame.
Em Julho de
2006, escreveu uma carta a Oprah Winfrey, em que dizia: "Agora, setenta e
cinco anos mais tarde, na sociedade da abundância onde as pessoas têm
portáteis, telemóveis, iPods, e mentes que parecem quartos vazios, eu prefiro
teimosamente livros.
Viveu sempre uma vida completamente
afastada dos círculos mediáticos e é junto com JD Salinger, uma das mais
famosas reclusas literárias, morando ainda hoje na casa onde passou a sua
infância, em Monroeville, no estado sulista do Alabama.