sexta-feira, 25 de outubro de 2019

FEIRA DO LIVRO USADO - DESDE 21 OUTUBRO - BIBLIOTECA MUNICIPAL



A comunidade educativa é convidada a oferecer às Bibliotecas Escolares livros/documentos usados, mas em bom estado de conservação, para a Feira a realizar na receção da Biblioteca Municipal em outubro, durante uma semana, no âmbito do Mês Internacional das Bibliotecas Escolares.

Esta iniciativa anual tem como objetivos específicos a promoção da leitura, o desenvolvimento do espírito empreendedor, a reciclagem de materiais usados e o incentivo ao contacto com livros ou outro tipo de documentos.

CLUBE DE LEITURA - OUTUBRO 2019


Na passada 5ª feira, pelas 20h00, a obra "Lavoura arcaica” do brasileiro, filho de imigrantes libaneses, Raduan Nassar foi o objeto de discussão e análise pelos membros do Clube de Leitura, que este mês comemora o seu 7º aniversário.

A obra, que já foi publicada em 1975, teve logo uma receção positiva, constituiu uma revelação e uma revolução, conquistando o estatuto de clássico da literatura brasileira. História familiar com ressonâncias bíblicas (Velho/Novo Testamento e Alcorão), em que se entrelaçam o novelesco, o lírico, uma alta carga sensual, incesto, conflito de gerações, discussões religiosas e interculturais.

Em 1976 venceu o Prémio Coelho Neto para romance, da Academia Brasileira de Letras, o Prémio Jatubi, da Câmara Brasileira do Livro, na categoria da Revelações de Autor e o Prémio Camões em 2016. Segundo o professor e crítico Alfredo Bosi,  "Lavoura arcaica" é uma obra-chave da literatura de língua portuguesa" que já foi adaptada para cinema em 2015, pelo realizador Luiz Fernando Carvalho, ficando na lista dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos.


De grande qualidade literária, este romance, com uma linguagem tão inteligentemente trabalhada, é uma narrativa pesada, marcado por passagens, frases, expressões recheadas de carga poética, repleta de metáforas, repetições, com cadência e musicalidade. "O autor garimpa a língua em busca da palavra mais certa, da expressão mais pura, o texto flui na corrente dos pensamentos e sentimentos das personagens", o que tem suscitado discussões estéticas muito diversificadas.


O autor, tão consagrado como Clarice Lispector ou Guimarães Rosa, usou uma pontuação pouco conservadora. Sobressai a ausência de parágrafos e uso indiferenciado da pontuação. Só há pontos finais no final de cada capítulo e a pontuação é feita através de vírgulas.

Através de um narrador, na primeira pessoa - André, o filho encarregado de revelar o avesso de sua própria imagem e, consequentemente, o avesso da imagem da família. E sobretudo uma aventura com a linguagem: além de fundar a narrativa, a linguagem e também o instrumento que, com seu rigor, desorganiza um outro rigor, o das verdades pensadas como irremovíveis. Todo o romance é repleto de digressões à memória infantil das personagens.


Analisando o percurso do autor, é possível estabelecer um paralelo entre a sua vida e a história que nos é contada nesta obra. Será que Raduan é André?  Há, de facto, muitas semelhanças, há muitos pormenores da sua vida que estão plasmados na obra.

Segundo o realizador do filme, Luiz Fernando Carvalho, "Entre as inúmeras reflexões que o Lavoura propõe, podemos entender o texto como uma grande metáfora política, expondo a luta entre opressores versus oprimidos; a tradição versus a liberdade individual. Semelhante a "um oratório sobre o extermínio das liberdades, sejam elas individuais ou coletivas; este mesmo extermínio que nos levam às guerras dos dias de hoje, gerando milhares de excluídos pelo mundo todo. No texto ecoa a voz dos que são postos à margem, dos que gemem, daqueles famintos que não são aceites na mesa dos satisfeitos demais. Sem falar da relação entre a ordem e a desordem do mundo, que no livro alcança patamares míticos, mas que também encontra lugar em uma espécie de espelhamento da realidade do nosso próprio país e as suas instâncias de poder, se revelando então como um texto que clama pela utopia de um mundo melhor, mais belo e justo para todos".


Definitivamente, é um romance apaixonante "tanto para leigos como para especialistas, há material de deleite tanto para uns como para outros".

"Lavoura arcaica" que já foi objeto de inúmeros estudos académicos "possui a característica comum a toda grande obra de arte: a de nunca se esgotar. Há tantos signos a serem desvendados, tantos caminhos a serem percorridos que não se pode imaginar o dia em que um ponto final seja colocado nas questões que o livro abrange".

Nós concordámos e ficamos curiosas com as outras duas obras que publicou,  "Um copo de cólera" ou Menina a caminho".


Parabéns ao Clube de Leitura pela sua plena atividade durante 7 anos ininterruptos e pela seleção desta magnífica obra.











Um estudo da obra nassariana intitulado Uma Lavoura de Insuspeitos Frutos, Renata Pimentel Teixeira chama atenção para o caráter desnorteador de Lavoura arcaica. Uma obra que pula a cerca das classificações e corre livre no campo do variado. À primeira vista poderia até ser chamada de romance, mas sua estrutura circular, sua linguagem poética e sua carga de dramaticidade vão além do que se espera desse, em sua formulação tradicional. O texto nassariano é, pois, uma obra de múltiplos gêneros. É romance por sua base mestra no encadeamento de episódios. É teatro por dirigir o vigor do texto para as personagens. É poesia por suas ricas metáforas, uso de aliterações, repetições e sinestesias.
Fonte: https://www.passeiweb.com/estudos/livros/lavoura_arcaicav
Um estudo da obra nassariana intitulado Uma Lavoura de Insuspeitos Frutos, Renata Pimentel Teixeira chama atenção para o caráter desnorteador de Lavoura arcaica. Uma obra que pula a cerca das classificações e corre livre no campo do variado. À primeira vista poderia até ser chamada de romance, mas sua estrutura circular, sua linguagem poética e sua carga de dramaticidade vão além do que se espera desse, em sua formulação tradicional. O texto nassariano é, pois, uma obra de múltiplos gêneros. É romance por sua base mestra no encadeamento de episódios. É teatro por dirigir o vigor do texto para as personagens. É poesia por suas ricas metáforas, uso de aliterações, repetições e sinestesias.
Fonte: https://www.passeiweb.com/estudos/livros/lavoura_arcaica
  

Em Lavoura arcaica, Raduan Nassar repete sons, palavras e até uma passagem inteira. O trecho da festa está presente no início e no final do livro, sendo repetido quase integralmente. Mas cada um com uma função distinta: em primeiro, o trecho é o anúncio do romance entre Ana e André (p. 29 e 30); no final, ele é o enlace final do amor proibido (p. 186,187).
Fonte: https://www.passeiweb.com/estudos/livros/lavoura_arcaica
Um estudo da obra nassariana intitulado Uma Lavoura de Insuspeitos Frutos, Renata Pimentel Teixeira chama atenção para o caráter desnorteador de Lavoura arcaica. Uma obra que pula a cerca das classificações e corre livre no campo do variado. À primeira vista poderia até ser chamada de romance, mas sua estrutura circular, sua linguagem poética e sua carga de dramaticidade vão além do que se espera desse, em sua formulação tradicional. O texto nassariano é, pois, uma obra de múltiplos gêneros. É romance por sua base mestra no encadeamento de episódios. É teatro por dirigir o vigor do texto para as personagens. É poesia por suas ricas metáforas, uso de aliterações, repetições e sinestesias.
Fonte: https://www.passeiweb.com/estudos/livros/lavoura_arcaica

Um estudo da obra nassariana intitulado Uma Lavoura de Insuspeitos Frutos, Renata Pimentel Teixeira chama atenção para o caráter desnorteador de Lavoura arcaica. Uma obra que pula a cerca das classificações e corre livre no campo do variado. À primeira vista poderia até ser chamada de romance, mas sua estrutura circular, sua linguagem poética e sua carga de dramaticidade vão além do que se espera desse, em sua formulação tradicional. O texto nassariano é, pois, uma obra de múltiplos gêneros. É romance por sua base mestra no encadeamento de episódios. É teatro por dirigir o vigor do texto para as personagens. É poesia por suas ricas metáforas, uso de aliterações, repetições e sinestesias.
Fonte: https://www.passeiweb.com/estudos/livros/lavoura_arcaica
Um estudo da obra nassariana intitulado Uma Lavoura de Insuspeitos Frutos, Renata Pimentel Teixeira chama atenção para o caráter desnorteador de Lavoura arcaica. Uma obra que pula a cerca das classificações e corre livre no campo do variado. À primeira vista poderia até ser chamada de romance, mas sua estrutura circular, sua linguagem poética e sua carga de dramaticidade vão além do que se espera desse, em sua formulação tradicional. O texto nassariano é, pois, uma obra de múltiplos gêneros. É romance por sua base mestra no encadeamento de episódios. É teatro por dirigir o vigor do texto para as personagens. É poesia por suas ricas metáforas, uso de aliterações, repetições e sinestesias.
Fonte: https://www.passeiweb.com/estudos/livros/lavoura_arcaicabv
Um estudo da obra nassariana intitulado Uma Lavoura de Insuspeitos Frutos, Renata Pimentel Teixeira chama atenção para o caráter desnorteador de Lavoura arcaica. Uma obra que pula a cerca das classificações e corre livre no campo do variado. À primeira vista poderia até ser chamada de romance, mas sua estrutura circular, sua linguagem poética e sua carga de dramaticidade vão além do que se espera desse, em sua formulação tradicional. O texto nassariano é, pois, uma obra de múltiplos gêneros. É romance por sua base mestra no encadeamento de episódios. É teatro por dirigir o vigor do texto para as personagens. É poesia por suas ricas metáforas, uso de aliterações, repetições e sinestesias.
Fonte: https://www.passeiweb.com/estudos/livros/lavoura_arcaica
Um estudo da obra nassariana intitulado Uma Lavoura de Insuspeitos Frutos, Renata Pimentel Teixeira chama atenção para o caráter desnorteador de Lavoura arcaica. Uma obra que pula a cerca das classificações e corre livre no campo do variado. À primeira vista poderia até ser chamada de romance, mas sua estrutura circular, sua linguagem poética e sua carga de dramaticidade vão além do que se espera desse, em sua formulação tradicional. O texto nassariano é, pois, uma obra de múltiplos gêneros. É romance por sua base mestra no encadeamento de episódios. É teatro por dirigir o vigor do texto para as personagens. É poesia por suas ricas metáforas, uso de aliterações, repetições e sinestesias.
Fonte: https://www.passeiweb.com/estudos/livros/lavoura_arcaica

Lavoura Arcaica, obra de Raduan Nassar, traz uma narrativa pesada, cheia de confusões; protestos; abstenções; amor de irmão com irmã deixando a narrativa ostensiva e cansativa. André se vê diferente de todos que cheio de pressões resolve fugir de casa, fato que remonta bem à narrativa bíblica do filho pródigo.
É um texto onde se entrelaçam o novelesco e o lírico, através de um narrador em primeira pessoa. André, o filho encarregado de revelar o avesso de sua própria imagem e, conseqüentemente, o avesso da imagem da família. Lavoura Arcaica é sobretudo uma aventura com a linguagem.

Fonte: https://www.passeiweb.com/estudos/livros/lavoura_arcaica
Lavoura Arcaica, obra de Raduan Nassar, traz uma narrativa pesada, cheia de confusões; protestos; abstenções; amor de irmão com irmã deixando a narrativa ostensiva e cansativa. André se vê diferente de todos que cheio de pressões resolve fugir de casa, fato que remonta bem à narrativa bíblica do filho pródigo.
É um texto onde se entrelaçam o novelesco e o lírico, através de um narrador em primeira pessoa. André, o filho encarregado de revelar o avesso de sua própria imagem e, conseqüentemente, o avesso da imagem da família. Lavoura Arcaica é sobretudo uma aventura com a linguagem.

Fonte: https://www.passeiweb.com/estudos/livros/lavoura_arcaica
 




quarta-feira, 23 de outubro de 2019

MÊS INTERNACIONAL DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES


No âmbito da Comemoração do Mês Internacional das Bibliotecas Escolares, que decorre durante todo o mês outubro, numa parceria entre a Biblioteca Municipal e a Rede de Bibliotecas Escolares, teve lugar o espetáculo  "A quatro mãos" (poemas e histórias de Luísa Ducla Soares) por Daniel e Cristina Completo, nos Paços da Cultura, durante a manhã do dia 23, com duas sessões destinadas a todos os alunos do 1º ano, do 1º ciclo das escolas básicas de S. João da Madeira, num total mais de 300 alunos presentes. 

A Cristina Completo fez magníficas ilustrações digitais durante o espetáculo musical e no final houve sessão de autógrafos para os meninos que adquiriram livros.

Estas apresentações consistem num espetáculo temático onde os autores Luisa Ducla Soares, Daniel Completo, José Fanha e outros, apresentam as histórias e poemas dos seus audiolivros musicados, criando um ambiente propício para animar os alunos que interagem de uma forma didática e divertida com os autores.
Pela alegria e boa disposição manifestada pelos meninos depreende-se que o espetáculo agradou.
A biblioteca agradece aos meninos, aos professores, à equipa de trabalho, à polícia e à Câmara Municipal que financiou esta iniciativa.
Bem hajam!






segunda-feira, 14 de outubro de 2019

PRÉMIO LITERÁRIO JOÃO DA SILVA CORREIA 2018

 


 


Na passada 6ª feira, no Salão Nobre da Câmara Municipal de S. João da Madeira e inserido nas comemorações do 11 de Outubro, teve lugar a entrega do Prémio Literário João da Silva Correia 2018 (Poesia), ao vencedor Nuno de Figueiredo.

O Prémio Literário João da Silva Correia, grande escritor sanjoanense, foi instituído pelo Município de S. João da Madeira, em 1986, com o objetivo de promover a leitura e a escrita criativa e de incentivar o aparecimento de novos valores e talentos literários.

O júri da edição de 2018, constituído pelo ex-ministro da Cultura, escritor, poeta e ficcionista Luís Filipe Castro Mendes, pelo poeta José Fanha e pelo editor António Baptista Lopes, apreciou mais de quatro dezenas de obras de poesia, tendo atribuído o Prémio João da Silva Correia à obra "Manhãs do Mundo" de Nuno Figueiredo, pela sua qualidade poética.

Nuno de Figueiredo nasceu em Coimbra, onde reside e trabalha. É licenciado em engenharia civil pelo Instituto Superior Técnico.
Como poeta, publicou em 1985, o seu primeiro livro "O Desencanto em canto" (edição de autor).
Mais recentemente editou em 2014 "Crepúsculo" (Taratruga), prémio Fernão de Magalhães Gonçalves, e "Longo caminho para casa" (Minerca Coimbra), prémio Florbela Espanca.
"Dias verticais", prémio Vasco Graça Moura 2016, foi lançado em 2017 pela Afrontamento, e "Sublimação da matéria", distinguido em 2017 com o prémio António Cabral, encontra-se a aguardar edição.
"Epifanias" foi galardoado com o prémio Actor Mário Viegas 2018, instituído pelo Centro Cultural Regional de Santarém, que promoveu a edição.
Como ficcionista, iniciou-se em 1997 com o romance "Os dias gloriosos do Império", primeiro volume de uma trilogia intitulada "Vida e morte de Inocêncio".
Os livros mais recentes são "Rendição e trevas", galardoado em 2011 com o prémio literário Alves Redol (romance), a que se seguiu "Vida e sombra", em 2012, prémio literário Miguel Torga, atribuído pela Câmara Municipal de Coimbra.
Em 2016 saíram os últimos romances: "Aprender a perder" (C.M. Coimbra), prémio João José Cochofel, e "Gramática da melancolia" (Âncora Editora), prémio Orlando Gonçalves.
Pelo meio ficam três dezenas de outras obras - poesia, contos, romances - a várias das quais foram atribuídos prémios literários.
escreve para jornais e revistas de letras e está representado em diversas recolhas e antologias.


Apesar do regulamente não prever a atribuição de Menções Honrosas, o júri acordou em atribuir 5 menções honrosas aos seguintes concorrentes:





menções honrosas:



PSEUDÓNIMO GABRIELA AL – “OS CONTENTORES NÃO CABEM NAS CARAVELAS”
Ana Maria Carvalho Pinheiro Vieira (Lisboa)

PSEUDÓNIMO ANTÓNIO BASTOS DE CASTRO – "A QUAL FONTE O SOL REGRESSA? SEGUIDO DE PÁSSARO MOLHADO NA ALGIBEIRA"
Luís Aguiar (Águeda)

PSEUDÓNIMO PILAR VERDADE - "Eras o cervo que fugia depois de haver-me ferido"
Fernando Manuel da Cruz Cabrita (Olhão)

PSEUDÓNIMO LUCA DI S. PIETRO – "UMA CASA DE PAPEL ONDE MORAR"
Nuno Garcia Lopes (Asseiceira)

PSEUDÓNIMO NGOLA NALEMU - "IMPRECISÕES"
José Manuel Teixeira (Guimarães)