sexta-feira, 20 de dezembro de 2019
CLUBE DE LEITURA - DEZEMBRO
A noite de
mau tempo não impediu que a sessão do Clube de Leitura acontecesse e decorreu à
volta de uma mesa, com aroma natalício, na companhia da obra “O terrorista
elegante e outras histórias” de Mia Couto e José Eduardo Agualusa.
São três deliciosas
novelas, curtas, agradáveis de ler, cheias de humor e suspense, de dois dos
autores mais populares e reconhecidos da ficção em língua portuguesa.
A escrita
dos dois é bem diferente e isso nota-se nestas novelas, onde prevalece a forte
ligação telúrica e a presença da alma africana que os une.
A escrita é simples,
com muitos neologismos, diminutivos, expressões que nos revelam a extrema criatividade
dos povos africanos e que os autores souberam aplicar magistralmente.
As
descrições são facilmente imagináveis, muito cinematográficas, ou até bastante
teatrais, com muitos diálogos.
O amor é o
fio condutor dos três contos assim como o sentido da liberdade, que são descritos nesta passagem cheia de beleza, poesia e simbologia: “Bentinho, sozinho
na sua cela, raspa com as unhas o desenho do pássaro e recolhe o pó para uma
caixinha. Faz isso lenta e minuciosamente enquanto canta. Terminado o trabalho,
lança pó para a luz, através das grades da cela.
-Vai, meu
amigo, meu pássaro. Vai e voa, livre, de volta ao céu. Enquanto houver pássaros
no céu, ninguém me poderá prender.”
«O
terrorista elegante» (escrita a quatro mãos sob um alpendre, em Boane,
Moçambique), que dá título ao livro, um angolano é preso em Portugal por
suspeita de participação em atos de terrorismo. O homem alega ser capaz de voar
e conversa com um passarinho na prisão, que parece dar-lhe as orientações
necessárias para que cumpra a sua missão.
«Venho aqui para matar.» É assim que o protagonista de «Chovem amores na rua do
matador», a segunda história, pretende finalmente fazer as pazes com o seu
passado: matando as três mulheres da sua vida.
A noite da cidade está mergulhada em caos e, enquanto o conflito se desenrola
nas ruas escuras, um estranho mascarado procura alguém para matar. Em «A caixa
preta» (tal como a anterior, a terceira história foi escrita em lugares
diferentes, trocando mensagens, um autor acrescentando o texto do outro),
gerações da mesma família são obrigadas a enfrentar os seus segredos mais bem
guardados.
As três
novelas que constituem este livro têm por base peças de teatro escritas em
conjunto pelos autores e encomendadas pelos grupos de teatro A Barraca, de
Lisboa, e Trigo Limpo - Teatro ACERT, de Tondela. Porém, depois de conversas
informais na bela e histórica cidade de Paraty, no Brasil, essas peças foram
reescritas pelos autores sob a forma de contos.
Apesar da obra
ser muito bem humorada, desintoxicante até, tem à mistura algumas tragédias da
atualidade, permitindo ao leitor uma reflexão sobre a violência, sobre a
prepotência, os interesses dos poderosos e a importância da liberdade e do amor.
sexta-feira, 13 de dezembro de 2019
APRESENTAÇÃO DO LIVRO DE POESIA “AQUI, ONDE ME ENCONTRO” DE MAGUI RAMALHO
Na passada 5ª feira, teve
lugar a animada sessão de apresentação do livro "Aqui, onde me
encontro" de Magui Ramalho, com a presença de familiares, amigos e
admiradores.
A apresentação esteve a cargo
de Irene Guimarães que não poupou elogios à poetisa. Houve ainda alguns
momentos musicais com Pedro Valente, declamação dos poemas "Amor" por
Arminda Santos, "Ao sabor da maré" por Paulo Monteiro, "Terra
Mãe por Flor Yaleo e Carolina Matos interpretou o poema através da dança.
Óscar Amorim declamou o poema
"Silêncio" e por fim o Grupo de canto Activida encantou todos os
presentes.
A poetisa, que, por acaso ou
não, até foi professora, ensina a vida, a arte de aproveitar a vida, a
resiliência suave na busca da felicidade, a possível, extraída até ao tutano,
mas com delicadeza, sem angústias existenciais desnecessárias. Há toda uma filosofia
de vida. Quem se realiza, quem é feliz, não é quem tem muito, mas quem muito é!
A plenitude consegue-se com ser! A felicidade resulta afinal de uma
aprendizagem. O que se procura é também o domínio da sabedoria de viver.
quinta-feira, 12 de dezembro de 2019
APRESENTAÇÃO DO LIVRO DE POESIA “AQUI, ONDE ME ENCONTRO” DE MAGUI RAMALHO | 12 DEZEMBRO | 21H30
A apresentação estará a cargo de Irene Guimarães
e contará com momentos musicais e de dança.
Sinopse: A poetisa, que, por acaso ou não, até foi professora,
ensina a vida, a arte de aproveitar a vida, a resiliência suave na busca da
felicidade, a possível, extraída até ao tutano, mas com delicadeza, sem
angústias existenciais desnecessárias. Há toda uma filosofia de vida. Quem se
realiza, quem é feliz, não é quem tem muito, mas quem muito é! A plenitude consegue-se
com ser! A felicidade resulta afinal de uma aprendizagem. O que se procura é
também o domínio da sabedoria de viver.
Quem é Magui Ramalho?
Ana Margarida Rodrigues Ramalho, nasceu a
25 de Novembro de 1957, em Oliveira de Azeméis.
Fez os seus estudos no Liceu Ferreira de
Castro em O. de Azeméis e, simultâneamente, estudou piano, tendo completado a
sua formação, Curso Superior de Piano, no Conservatório de Música do Porto.
Em 1979 iniciou sua carreira de professora
de Ed.Musical, na Escola Bento Carqueja em Oliveira de Azeméis e mais tarde,
acumulando funções como professora de piano na Academia de Música de O. Azeméis
e posteriormente no Conservatório de Música da Jobra.
Em 2003 envereda pelas terapias
complementares, Reiki e em 2012 iniciou um projeto de voluntariado na escola,
com sessões de Reiki para a comunidade escolar.
Embora se tenha aposentado antecipadamente
em 2013, este projeto continuou até 2018.
Presentemente mantém outro projeto nesta
área, na Junta de Freguesia de Loureiro, onde reside e que já implementou em
2014.
É Presidente do Orfeão de Loureiro e
elemento ativo como coralista e pianista acompanhadora.
Presentemente colabora com a Universidade
Sénior e com a Associação de Melhoramentos Pró Outeiro em O. Azeméis, na área
da música.
O gosto pela escrita, nomeadamente a
poesia, surge na sequência das encenações de musicais, adaptando contos e para
os quais tinha que escrever as letras.
A sua inspiração está no dia-a-dia,
podendo surgir de uma imagem, uma frase lida, uma notícia.
A fotografia, outra das suas paixões, acompanha-a
também no dia-a-dia, registando o que a deslumbra.
Em 2017, lançou o livro "Poemas
Vadios", em conjunto com dois amigos, da Pastelaria Studios. Também em
2017, participou na Antologia Poética da Artelogy, assim como em 2018 na
Antologia de Natal da mesma editora.
Participou na Coletânea " Chuva, Musgo
e Tronco" da Pastelaria Studios e em 2019 no Poemário da mesma editora.
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