terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Edição digital de livros para crianças discute-se na Gulbenkian

Não são livros nem filmes. Jogos também não. Hão-de contar histórias, mas não se sabe ainda como. A edição digital de livros para crianças procura caminhos e vai ter um prémio português.



Um encontro para discutir formas de contar histórias para crianças no ecrã, nesta segunda-feira, na Fundação Calouste Gulbenkian, é a primeira actividade da Nave Especial, um projecto que junta a editora Pato Lógico e a empresa Biodroid. Neal Hoskins, consultor para a área digital da Feira do Livro Infantil de Bolonha e produtor de conteúdos para a editora Wingedchariot, foi pioneiro nas Stories to Touch para iPhone e iPod e defende que não se deve exagerar nos efeitos especiais
O que muda no processo criativo quando se imagina uma história para ser contada e ilustrada no ecrã de um tablet? Um livro digital para crianças tem de viver de efeitos especiais e interactividade? E ainda assim é um livro? Para tentar responder a estas e outras perguntas, realiza-se nesta segunda-feira a conferência ABC da Edição Digital, com os escritores Rui Zink e Afonso Cruz (também ilustrador), o músico Filipe Melo e o produtor de jogos António Saraiva, a integrarem o primeiro painel: Para além do papel, por detrás do ecrã.
O encontro, na Fundação Calouste Gulbenkian, é organizado pelo projecto Nave Especial (que junta a editora Pato Lógico e a empresa Biodroid) e por Neal Hoskins, consultor para a área digital da Feira do Livro Infantil de Bolonha e produtor de conteúdos para a editora Wingedchariot. “Queremos pôr toda a gente a pensar num produto novo. Não é bem um livro, mas não deixa de o ser, nem um filme de animação. Pode ser que surja um nome. Por enquanto, chamamos-lhe histórias digitais ilustradas”, diz André Letria, ilustrador e editor da Pato Lógico.
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Foi a percepção de que esse era o caminho a seguir que uniu André Letria e Tiago Ribeiro no projecto Nave Especial, que apresentam como “uma odisseia digital em busca de formas de vida criativa”. Depois de em conjunto já terem criado três aplicações, Incómodo, Estrambólicos e De Caras, decidiram alargar o âmbito da sua parceria, promovendo “a reflexão sobre tudo o que se relacione com edição de livros para crianças, descobrir novas formas de trabalhar conteúdos digitais e proporcionar oportunidades para a publicação de autores portugueses”.
No final da conferência, ambos irão lançar o Prémio Nave Especial — Histórias Digitais Ilustradas. Os autores podem concorrer individualmente ou em equipa até final de Março. Pode haver participação estrangeira, mas terá de existir um interlocutor português. O vencedor verá a sua história transformada em aplicação, assim como assegurada a sua divulgação.
O apoio da Sociedade Portuguesa de Autores permitirá ainda um adiantamento de 20% dos direitos da venda, baseando-se na expectativa de descarregamento da aplicação. “É muito difícil quantificar para já em valores absolutos. Depende muito do que surgir. Se aparecer algo totalmente inovador, podemos pensar em 10 mil descarregamentos imediatos”, explica André Letria, que lembra que nas edições em papel o valor habitual é de 5% sobre o preço de capa.
Para entrar no concurso, é preciso criar um guião, um storyboard, uma memória descritiva e algumas imagens finalizadas. “É um pouco como se faz nos concursos de cinema e de animação.” Afinal, o mais parecido com o que está agora a nascer.
O livro/aplicação Incómodo pode ser descarregado gratuitamente aqui: https://itunes.apple.com/hk/app/snap-stories/id450729192?mt=8


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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Os escritores Vasco Graça Moura e Daniel Jonas, distinguidos com Prémio Europa


Os escritores Vasco Graça Moura e Daniel Jonas, o realizador Miguel Gomes, e o fadista Camané foram distinguidos com o Prémio Europa - David Mourão Ferreira 2010-2012, anunciou hoje o Instituto Camões.

De acordo com o Camões - Instituto da Cooperação e da Língua  CICL), estas são as personalidades galardoadas nas duas categorias que compõem o prémio: Mito e Promessa.

Este galardão, atribuído pelo Centro Studi Lusofoni - Cátedra David Mourão-Ferreira da Universidade de Bari Aldo Moro e do CICL, foi criado em homenagem ao autor português David Mourão Ferreira (1927-1996).


O objetivo é contribuir para a divulgação da língua e da cultura portuguesa nos países da União Europeia e do Mediterrâneo, segundo o instituto.

Na categoria Mito, que visa galardoar a carreira de uma personalidade eminente da cultura lusófona que se tenha distinguido no campo das letras e das artes, os premiados foram o escritor e poeta Vasco Graça Moura e o fadista Camané.


Na categoria Promessa, que premeia obras de uma personalidade emergente no campo artístico, os distinguidos são Daniel Jonas, na literatura, e Miguel Gomes, no cinema.

  

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Romance de Gonçalo M. Tavares candidato ao IMPAC 2013



Obras de Gonçalo M. Tavares, Adriana Lisboa e Richard Zimler estão entre as 154 candidatas ao International IMPAC Dublin Literary Award 2013, uma selecção feita a partir das escolhas de bibliotecas de vários países. Murakami, Julian Barnes, Umberto Eco ou Michel Houllebecq estão entre os nomeados.

Learning to Pray in the Age of Technique do escritor português Gonçalo M. Tavares (tradução de Aprender a Rezar na Era da Técnica), Hut of Fallen Persimmons da escritora brasileira Adriana Lisboa, e The Warsaw Anagrams do escritor norte-americano Richard Zimler (Os Anagramas de Varsóvia em português), que vive no Porto, estão na longlist de 154 escritores candidatos ao IMPAC 2013, que foi anunciada este segunda-feira.

As obras são candidatas a um prémio de 100 mil euros - o valor mais elevado entre todos os prémios literários - e foram nomeadas por bibliotecas de 120 cidades, em 44 países de 19 línguas diferentes.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

"RESQUÍCIOS" DE JOAQUIM SILVA

No passado sábado, pelas 16 horas decorreu na Biblioteca o lançamento do livro "Resquícios" de Joaquim Silva, apresentado por Rosa Familiar a Filomena Vieira, elementos Associação da Teia dos Sentidos e contou ainda com a presença da representante da  editora Irene Freitas. 
O ambiente informal e amigável gerou uma tertúlia muito participada pelas pessoas presentes na sessão. 

O autor, referindo-se à sua obra, diz tratar-se de fragmentos, que nada acontece por acaso e quis partilhar esses tais fragmentos com os leitores. São escritos do seu sentir, que falam não apenas de si, mas de todos quantos o rodeiam. Espelha aquilo que pensa, o que lhe dita o coração. Fala da fé, dos amigos, da família, inclusive de personalidades ligadas às artes, sobretudo à poesia, tais como António Nobre, Jorge Palma, Sérgio Godinho e das diferentes formas de fazer poesia. 

No prefácio de Joel Lira, pode ler-se: “Palavras curtas, ordenadas, com sentidos vários, todas marcantes enigmáticas, vincadas ao ponto de se encontrar no final de cada verso a chave do texto inicial do poema. Curiosamente, Joaquim Silva, não é poeta somente hoje por publicar o seu primeiro livro, não. Ele já o era! Ele será poeta sempre que a alma assim o chame a escrever poesia! Como diz em várias passagens do seu livro de poesia "Resquícios", Deus afigura-se no seu dia-a-dia como magia e deu-lhe luz nas palavras que escreve." 



Joaquim Silva nasceu em Valbom-Gondomar,(12 de Outubro de 1964) viveu cerca de 20 anos em Arrifana mas,vive actualmente em Lavra-Matosinhos. O seu percurso estudantil depois de concluída a Escola Primária em Valbom passou pela escola Secundária Marques Leitão e culminou na Escola Industrial e Comercial de Gondomar.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Apresentação do livro "Resquícios" de Joaquim Silva


NOVIDADES NA BIBLIOTECA




Workshop para grávidas

Ontem, pelas 18h00, decorreu um workshop destinado a grávidas, apresentado por uma profissional de sáude, da empresa Future Health Portugal, líder mundial na  recolha e armazenamento do sangue e do tecido do cordão umbilical.
A sessão decorreu bastante participada pelas grávidas e seus acompanhantes.



quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

QUEM ESCREVEU O MEU LIVRO? COM MARIA INÊS ALMEIDA

A Biblioteca Municipal encheu-se de alegria e animação com as crianças que estiveram presentes na sessão de "Quem escreveu o meu livro" com a escritora Maria Inês de Almeida que falou sobre os seus livros e da sua coleção "Sabes que também podes ralhar com os teus pais?" e "Sabes como é que os teus pais se conheceram?" servindo-se das magnificas ilustrações de Paulo Galindro.

 As três turmas dos 3º e 4º anos das escolas dos Condes, Espadanal e Fundo de Vila puderam participar e fazer perguntas, o que possibilitou um contacto directo e completamente informal com a simpática escritora.

Maria Inês Almeida nasceu em Lisboa, em 1978. Jornalista e escritora dedicada à literatura infantojuvenil. Em 2006 recebeu o Prémio Revelação do Clube de Jornalistas, publicou Contos Pouco Políticos, recolhendo histórias para crianças escritas por políticos, e, como autora, "Sabes que também podes ralhar com os teus pais?", "Sabes onde é que os teus pais se conheceram?" e "Quando eu for… Grande" (nomeado em 2011 como um dos três candidatos ao prémio do melhor livro infantojuvenil da Sociedade Portuguesa de Autores). Os dois últimos títulos figuraram na lista "100 livros para o futuro" apresentada por Portugal como convidado de honra na Feira Internacional do Livro Infantil de Bolonha de 2012.








terça-feira, 15 de janeiro de 2013

ROSA MARIA - HOMENAGEM DA BIBLIOTECA


A pintora e poetisa sanjoanense faleceu ontem, realizando-se hoje a cerimónia fúnebre nesta cidade, pelas 16h00.

A biblioteca homenageia a artista e a mulher que nos visitava frequentemente e transportava sempre consigo mensagens de flores, árvores de amarelas mimosas, paisagens de sonho, a quietude dos ocasos terrestres polvilhada com a sua poesia.
Em sua homenagem a equipa da biblioteca recorda este seu poema:

Deixa-me repousar

Deixa-me repousar
Em ti...
Que os meus sonhos
Vivam, para pensar
Que não morri...
Deixa-me sentir
Tudo o que minh'alma sente.
Como o pão nosso de cada dia,
Não posso mais pedir.
Necessito estar presente...
Deixa-me acreditar
Que é verdade...
O tempo vai passando,
E neste meu sonhar
Acordo com felicidade!
Deixa-me repousar
Em ti...


Rosa Maria
In "A magia do sentir" p. 54 
(disponível no Fundo Local)



a visita do Padre Milheiro à sua exposição encheu-a de alegria


 

Rosa Maria de Oliveira Silva Lobo Ribeiro nasceu em Lisboa. Desde 1962 passou a viver em S. João da Madeira. Foi em 1986 que retomou o seu hobby preferido – a pintura – a qual conjugou com a poesia. A textura para a sua pintura inicialmente foi o guache e mais tarde optou por o acrílico e óleo.
Os temas eram o bucólico da natureza que iam ao encontro do seu sentir.
Em 1995 publicou o seu primeiro livro de poesia “Estados de alma”, em 1998 “Ecos do coração”, e em 2005 “A magia do sentir”.
Foi colaboradora no semanário “O Regional” e também no jornal da paróquia “O restaurar”.
Participou em exposições desde 1992 em vários hotéis, nomeadamente, em Oliveira de Azeméis, Espinho, Gaia, S. João da Madeira e Porto. Também em bibliotecas, Câmara Municipal e Salão dos Bombeiros.
Em Janeiro de 2012 expôs na Biblioteca Municipal pela terceira vez, tendo doado à instituição uma das suas produções artísticas "Chapéu astral" acompanhado de um poema sobre o tema.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Apresentação do livro "Guarany" de Joana Serrado

Na passada sexta-feira, dia 11 Janeiro, pelas 21H30 decorreu a apresentação de “Guarany” de Joana Serrado, que esteve a cargo da Dra. Cristina Marques. 

Segundo a apresentadora, "Guarany" é um poema-ensaio, caderno de música, no qual prevalece "la musique avant de tous le choses", contém a epopeia dos cafés e é também um esboço de um percurso autobiográfico. 

Tratado de literatura, com vertente mega-poética, pós-modernista, próximo do modernismo de Mário Sá-Carneiro, Cesariny e Negreiros, com um diálogo inter-textual que transporta da obra anterior "Tratado de botânica". 

Poesia visual experimentalista para a modernidade da linguagem, com um visível poder de comunicação, partilhando o prazer do texto. A obra termina com um testamento quando a autora tinha 10 anos, reflexo da sua vivência familiar. A personalidade da autora revela-se nos anexos, mas evade-se de ela própria em impulsos para outras vivências de nostalgia e tristeza, na procura de uma habitação e de uma língua que demonstram humildade, com características semelhantes à expressão pessoana, escatológica, expressionista, grotesca e sublime. 

Na sinopse do livro pode ler-se "Como e onde escrever um poema de amor, hoje em dia? Eis a questão central do extraordinário romance poético Guarany que traça os percursos da aspirante-autora do poema de amor (im?)possível à procura da resposta por dezenas de cafés da baixa do Porto. E, ainda, os meandros das suas reflexões sobre o amor em confronto com as iluminações da mística medieval Hadewich de Antuérpia. Mas, igualmente, o caminho dos poemas possíveis que a levaram ao seu malagoirado empreendimento heróico. Três percursos, portanto, num romance sobre cafés como nunca se viu e nunca foram vistos, e sobre o amor e o poema perdidos algures na ‘só-cidade’ moderna. Onde encontrá-los? "


 Joana Serrado (Aveiro, 1979) estudou filosofia, neerlandês e teologia em Coimbra, Berlin, Porto e Groningen. Publicou Tratado de Botânica (Menção Honrosa Daniel Faria 2006) e Emparedada/ Uit de Muur ( Hendrik de vries Stipendium 2009 ). Participou como poeta e artista conceptual no projecto Metaphoria, integrado na Guimarães Capital da Cultura 2012. Actualmente reside em Oslo, onde é professora de literatura Lusófona na Universidade daquela cidade.