sexta-feira, 30 de agosto de 2013
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
Lançamento do livro "Mentira conveniente" de Anita Brandão
A ALFARROBA publica Mentira Conveniente, um romance entrelaçado de emoções, fruto de um engenhoso embuste arquitetado pelas suas personagens.
Da autoria de Anita Brandão, o livro será apresentado na Biblioteca Municipal de S. João da Madeira, no dia 31 de agosto pelas 15h00.
Da autoria de Anita Brandão, o livro será apresentado na Biblioteca Municipal de S. João da Madeira, no dia 31 de agosto pelas 15h00.
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
sexta-feira, 16 de agosto de 2013
segunda-feira, 12 de agosto de 2013
As casas-museu de escritores
"Os escritores são os melhores guias das nossas regiões"
Sala onde escrevia Aquilino Ribeiro. A sua Fundação pertencerá a partir de Setembro à Associação de Fundações de Escritores de Espanha
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projectos na área da literatura, património e turismo é o objectivo da Direcção
Regional de Cultura, que está a organizar uma rede regional de casas-museu. Uma
rede ibérica também já arrancou
As casas-museu
de escritores exercem sobre os seus visitantes um fascínio talvez estimulado
pela procura de um espaço de inspiração, de trabalho, de alguma solidão no
momento criador de uma obra ou de como esse espaço se relaciona intimamente com
o autor.
A filha de
Miguel Torga, Clara Crabbé Rocha, explicou quando legou à Câmara de Coimbra os
objectos pessoais do escritor transmontano, para a constituição da casa-museu,
que "como professora de Literatura, sei bem que a força do fascínio
exercido pelas casas natais ou de residência dos escritores provém de um
conjunto de razões entre as quais pesa a ideia dum "espírito do
lugar", com tudo o que ela implica de voyeurismo, de aprendizagem, de
celebração ou de homenagem."
Em Portugal há
mais de 20 casas-museu de escritores. Curiosamente: nenhuma de uma mulher. A
maior parte está no Norte. Por isso a Direcção Regional de Cultura do Norte
(DRCN) está a organizar uma rede regional de casas-museu. A rede Escritores
a Norte pretende "unir esforços entre as várias instituições,
servindo a DRCN como entidade agregadora entre os agentes culturais, de forma a
que eles consigam ganhar algum músculo para realizarem actividades
comuns", explicou ao PÚBLICO, João Sequeira, chefe de divisão da promoção
e dinamização cultural da DRCN.
Coincidiu com a
série Especial Verão do PÚBLICO sobre casas-museu de escritores um conjunto de
reuniões para a criação desta rede entre várias casas, a saber: de Ferreira de
Castro em Ossela; Fundação Eça de Queirós em Tormes; Fundação Aquilino Ribeiro
em Soutosa; Casa de Camilo em Famalicão; as duas casas de Guerra Junqueiro (pai
e filha) no Porto; de José Régio em Vila do Conde, e ainda o Centro de Estudos
do Surrealismo em Famalicão; a Casa Aires Torres em Parada de Pinhão (poeta
nascido em 1893; a casa foi inaugurada em 2009), a Casa das Quintãs em Mesão Frio (dos três
escritores Pina de Morais, Domingos Monteiro e Graça
Pina de Morais) e o Espaço Miguel Torga em São Martinho de Anta
(infra-estrutura cultural da câmara de Sabrosa, inaugurada em 2009 com projecto
arquitectónico de Eduardo Souto Moura).
Ver mais em: http://www.publico.pt/j1427823
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
Morreu o escritor Urbano Tavares Rodrigues
Em Dezembro faria 90 anos, tinha 61 anos de carreira literária
O escritor, autor de Os Insubmissos, era amigo de Mário Soares. “É para mim uma grande e profunda tristeza o falecimento de Urbano Tavares Rodrigues, de quem fui amigo desde a minha juventude. Era um amigo íntimo e muito querido, uma pessoa com muitas virtudes”, disse esta sexta-feira ao PÚBLICO o antigo Presidente da República.
O
escritor, jornalista e militante do PCP, Urbano Tavares Rodrigues morreu na
manhã desta sexta-feira, no Hospital dos Capuchos, em Lisboa.
O
escritor estava internado há três dias. A notícia soube-se através da página de
Facebook "Urbano
Tavares Rodrigues - escritor" e foi publicada pela filha,
a escritora Isabel Fraga: "O meu pai acaba de nos deixar. Estava
internado nos Capuchos há três dias. Não tenho mais informações. Soube agora
mesmo." O PÚBLICO confirmou.
O
corpo de Urbano Tavares Rodrigues estará em câmara ardente a partir das 19h00
desta sexta-feira, na Sociedade Portuguesa de Autores, em Lisboa.
Numa
entrevista ao Ípsilon, em Outubro do ano passado, Urbano Tavares Rodigues
dizia: “Mereço amplamente o Prémio Camões”. A frase saiu a meio de uma
conversa sobre livros e política. Reflectia o sentimento de uma justiça por
fazer. Não era a primeira vez que deixava cair o desabafo. Fazia, então, 60
anos de obra literária e 89 de uma vida cada vez mais frágil fisicamente devido
a uma insuficiência cardíaca. Continuava a escrever e continuou a editar até
ser internado. O escritor, jornalista e activista do PCP morreu esta
sexta-feira de manhã a poucos meses de completar 90 anos.
Urbano
Tavares Rodrigues nasceu em Lisboa, a 6 de Dezembro de 1923, filho de uma
família de grandes proprietários agrícolas de Moura, Alentejo. Foi aliás
em Moura que fez a escola primária. Depois, já em Lisboa ingressou no
Liceu Camões, onde foi colega de Luís Filipe Lindley Cintra e do irmão de Vasco
Gonçalves, António.
Licenciou-se
na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa onde cursou Filologia
Românica. Desde cedo começou a militar na oposição ao Estado Novo. Isso
valeu-lhe o impedimento de trabalhar como professor. Passou pela prisão em
Caxias e foi para um longo exílio em França. Em Paris ,
conheceu alguns dos intelectuais da década de 1950, caso de Albert Camus, de
quem foi amigo e que era presença frequente nas suas conversas. Foi
professor na Faculdade de Letras, crítico literário e esteve sempre ligado ao
Partido Comunista Português.
O escritor, autor de Os Insubmissos, era amigo de Mário Soares. “É para mim uma grande e profunda tristeza o falecimento de Urbano Tavares Rodrigues, de quem fui amigo desde a minha juventude. Era um amigo íntimo e muito querido, uma pessoa com muitas virtudes”, disse esta sexta-feira ao PÚBLICO o antigo Presidente da República.
“Tivemos
divergências políticas, naturais, sobretudo porque ele a partir de uma certa
fase da vida transformou-se, tornou-se comunista. Mas quando nos víamos éramos
os amigos de sempre, tínhamos conversas óptimas, discutíamos política”,
acrescentou Mário Soares, que foi visitar o amigo há uns meses e que, por isso,
já esperava a "notícia triste".
“Nessa
altura já o tinha achado muito em baixo, fiquei convencido de que ele estava
numa fase derradeira. De qualquer maneira é sempre uma tristeza muito grande
saber da morte de um amigo querido. Um amigo que o foi até ao fim porque,
apesar das nossas diferenças ideológicas, nunca deixámos de o ser. Tínhamos
muito contacto. Era extremamente humano, dado. Estimo-o como escritor, como
homem. Estimo-o muito.”
Autor
de uma vasta obra, onde se destaca o romance, a prosa poética, o conto e a
poesia, Urbano Tavares Rodrigues era um crítico atento e presença regular nas
páginas dos jornais. Ao PÚBLICO, Manuel Alegre lembra que foi Urbano o autor do
primeiro texto publicado sobre aPraça da
Canção. “Saiu no República, em pleno fascismo”, lembra o poeta,
recordando “um grande amigo, grande camarada, um escritor que marcou o século
XX; um grande prosador que sempre tomou partido e não se fechou nunca numa
torre de marfim e que combateu pela liberdade, pela acção e pela
palavra.”
O
escritor e ex-deputado, salienta ainda a enorme atenção de Urbano Tavares
Rodrigues às novas gerações de escritores. Foi para ele que José Luís Peixoto
enviou um exemplar da edição de autor de Morreste-me, o seu primeiro livro publicado em edição de
autor. E seria Peixoto a apresentar o último título de Urbano Tavares
Rodrigues, A Imensa Boca dessa
Angústia e outras Histórias, editado em Abril passado pela D.
Quixote. “A minha mãe era leitora do Urbano. Havia muitos livros dele lá em casa. Parte da minha
formação foi feita a lê-los. Na minha adolescência encontrava ali o Alentejo
que era a minha realidade”, disse o escritor ao PÚBLICO.
Da
Amazónia, onde está a participar num festival, José Luís Peixoto lamenta a
morte do amigo, lembra a generosidade do homem que nos últimos anos tinha
“alguma mágoa por ver a vida afastar-se de si”. Sinal dessa vitalidade que
agora se manifestava apenas na escrita, lembra, Peixoto, é o filho de Urbano
Tavares Rodrigues, António. Para ele Urbano deixou uma carta. Falava muito
dela. Dizia que era a grande herança que lhe deixava. António que agora tem
sete anos, deveria abri-la aos dez anos. A mensagem é a da tolerância.
Em
2007 começaram a ser publicadas pela Dom Quixote as suas Obras Completas. Nessa
altura, Urbano Tavares Rodrigues disse ao Ípslion que era a concretização de um
sonho antigo.
A
académica Maria Alzira Seixo foi sua aluna no primeiro ano da Faculdade de
Letras de Lisboa.Contou ao Ípsilon que o professor passava por ela e dizia:
"Sabe, trago sempre comigo a pasta de dentes e o pijama.”A aluna naquela
época, finais dos anos 50, achava desconcertante o desabafo. E nesse artigo do
Ípsilon, em 2007, explicava ainda que quando, em 1958, apareceu Uma Pedrada no Charco, com que Urbano
Tavares Rodrigues ganhou o seu primeiro prémio, o Ricardo Malheiros da Academia
de Ciências, percebeu o que o seu professor lhe queria dizer: “No mesmo
dia o Urbano era chamado e às vezes preso pela PIDE [a ex-polícia
política da ditadura de Salazar].”
Fonte: http://www.publico.pt/n1602646
Etiquetas:
Urbano Tavares Rodrigo
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
Exposição "DE PASSAGEM... PELAS GRANDES VIAGENS"
Aproveitando a época estival propícia a grandes viagens, a Biblioteca pretende divulgar a documentação existente sobre esta temática.
Esta exposição bibliográfica estará patente na receção da Biblioteca entre 01 e 31 de Agosto.
NOVIDADES NA BIBLIOTECA - Leituras de AGOSTO
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