sexta-feira, 28 de outubro de 2016
CLUBE DE LEITURA - OUTUBRO
Ontem, pelas 21 horas, decorreu mais uma sessão do Clube de Leitura, para abordar a obra " A Selva" de Ferreira de Castro.
A obra foi escrita em 1929 e publicada no ano seguinte, com características marcadamente neo-realistas, tendo sido laborada sempre ao entardecer, na luz difusa de um candeeiro a petróleo.
Trata-se de um drama de argumento simples, natural, com uma personagem viva e contraditória, onde se destaca o pessimismo, a importância das hierarquias sociais, a psicanálise freudiana e todas as outras marcas desta corrente literária.
A obra é autobiográfica e aborda uma fase muito penosa da vida de Ferreira de Castro.
"Considerado um dos livros-monumento e de maior sucesso, dentro e fora de portas, da nossa literatura moderna, A Selva,
notável epopeia sobre a vida dos seringueiros na selva amazônica
durante os anos de declínio do ciclo da borracha, foi lida e amplamente
elogiada por nomes que vão desde Jaime Brasil (Livro único na literatura de todo o mundo) a Agustina Bessa-Luís: (obra-prima) e Jorge Amado (clássico do nosso tempo), não passando igualmente despercebida a grandes figuras da literatura internacional, como Albert Camus (estilo sinuoso e sugestivo, como uma vegetação exuberante de termos estranhos e maravilhosos. Livro inesquecível), Blaise Cendars (brilhante e ardente estilista), seu tradutor francês ou Ztefan Zweig (admirável romance)!".
Como este mês o Clube de Leitura completa 4 anos de existência, foi em clima de boa disposição, com música, deliciosas doçarias e uma bebida à maneira, que se comemorou esta data e se fizeram votos de "longa vida a esta conversa com livros, autores e amigas".
Muitos anos de vida!
segunda-feira, 24 de outubro de 2016
FEIRA DO LIVRO USADO NA BIBLIOTECA MUNICIPAL
Hoje, pelas 14h30, na receção da Biblioteca Municipal, abriu a Feira do Livro Usado, que estará disponível durante toda esta semana.
Várias turmas das escolas da cidade já fizeram a sua visita e puderam comprar e desfrutar de livros a preços muito acessíveis.
Na Sala do Conto, as professoras Bibliotecárias Graça Moutinho e Carla Almeida, interpretaram a história "O frigorífico da Magui" de Louis Brandt, que pretende sensibilizar as crianças para os perigos da alimentação em excesso e do desperdício alimentar.
Esperamos pela vossa visita, pois vale a pena!
FEIRA DO LIVRO USADO NA BIBLIOTECA MUNICIPAL
24
a 31 Outubro (Abertura dia 24, pelas 14 horas)
Esta iniciativa inserida no Projeto Educativo
Municipal, é realizada no âmbito do Mês Internacional das Bibliotecas Escolares
e organizada pela Rede Concelhia de Bibliotecas Escolares, com o apoio da
Biblioteca Municipal.
A comunidade
educativa é convidada a oferecer às bibliotecas escolares, livros/documentos
usados, mas em bom estado de conservação para a feira a realizar de 24 a 31 de
outubro, na receção da Biblioteca Municipal.
Poder-se-ão
inscrever as bibliotecas e os alunos individualmente, numa perspetiva de
desenvolvimento do empreendedorismo e reciclagem dos materiais usados.
As receitas
reverterão para as Bibliotecas Escolares.
A Feira estará aberta ao público no horário de
funcionamento da Biblioteca.
Local: Receção da
Biblioteca
quinta-feira, 20 de outubro de 2016
sexta-feira, 14 de outubro de 2016
quinta-feira, 13 de outubro de 2016
Os tempos estão a mudar: Nobel da Literatura para Bob Dylan
Bob Dylan foi distinguido com o galardão por “ter criado uma nova expressão poética dentro da grande tradição americana da canção”
Bob
Dylan é o vencedor do Prémio Nobel da Literatura de 2016, anunciou esta
quinta-feira a Real Academia Sueca das Ciências, que distinguiu o
cantor e compositor norte-americano por ele “ter criado uma nova
expressão poética dentro da grande tradição americana da canção”.
Nascido
em Duluth, no Minnesota, em 1941, no seio de uma família de
proveniência russa e judaica, Bob Dylan, pseudónimo de Robert Allen
Zimmerman, começou a escrever poemas com dez anos de idade. Aprendeu a
tocar piano e guitarra sozinho. Em 1959, foi estudar para a Univerdade
do Minnesota (EUA). No ano seguinte, decidiu deixar a faculdade e partir
para Nova Iorque, cada vez mais interessado nas origens do rock and
roll e em intérpretes e criadores como Woody Guthrie, sua grande
referência musical. “Já tinha passado por muitas coisas e visto muitas
outras. Mas agora o destino ia revelar-se. Senti que estava a olhar
diretamente para mim e para mais ninguém”, escreve Dylan no 1.º volume
das suas Crónicas, editado em Portugal pela Ulisseia.
Ainda sobre Woody Guthrie e a sua profunda admiração pelo folk singer,
refira-se que em março deste ano Bob Dylan anunciou a venda dos seus
arquivos pessoais - cerca de seis mil itens relacionados com os seus 60
anos de carreira - à Biblioteca de Tulsa, no Oklahoma, cidade onde
também se encontra o Museu de Woody Guthrie.
Este ano, Dylan
lançou “Fallen Angels”, o seu 37.º álbum gravado em estúdio. Esteve em
Tóquio, em tournée, a apresentar o disco, seguindo-se outros sete
concertos no Japão e uma digressão pelos Estados Unidos, que representou
mais uma etapa da sua “Never Ending Tour”, que o tem levado a percorrer
o mundo interior. No ano passado, o cantor e compositor lançou “Shadows
in the Night” e, em 2012, “Tempest”, disco que levou alguns fãs a
acreditar que seria o seu último trabalho, uma vez que tem o título da
última peça de Shakespeare.
Em março deste ano, Bob Dylan
anunciou a venda dos seus arquivos pessoais - cerca de seis mil itens
relacionados com os seus 60 anos de carreira - à Biblioteca de Tulsa, no
Oklahoma, cidade onde também se encontra o Museu de Woody Guthrie, o folk singer que tanto admirava.
A Academia Sueca volta a surpreender
Entre
os favoritos à atribuição do galardão estavam o queniano Ngugi Wai
Thiong'o, Haruki Murakami, Philip Roth, o poeta sírio Ali Ahmad Said
Esber (conhecido por Adónis), e até nomes menos óbvios como Don DeLillo,
que acaba de ver publicada em Portugal a sua obra mais recente (“Zero
K”, edição da Sextante) e o escritor espanhol Javier Marías. A escolha
de Dylan acaba por ser supreendente.
O atraso no anúncio do
vencedor do prémio - que costuma ser anunciado na primeira quinta-feira
de outubro - gerou muita polémica ao longo das últimas semanas. Houve
quem interpretassem este adiamento como sinal de que a escolha do
vencedor estava a ser mais difícil este ano ou que não haveria consenso
entre os académicos. Um representante da Academia Sueca veio, porém,
desmentir estes rumores.
A bielorrusa Svetlana Alexievich, autora
de obras como “O Fim do Homem Soviético” (Porto Editora), “Vozes de
Chernobyl” (Elsinore) e “A Guerra não Tem Rosto de Mulher” (igualmente
editado pela Elsinore), foi a vencedora do Prémio Nobel no ano passado. A
Academia justificou a decisão “pela sua escrita polifónica, um
monumento ao sofrimento e à coragem no nosso tempo“.
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