Na passada 6ª feira, no Salão Nobre da Câmara Municipal de S. João da Madeira e inserido nas comemorações do 11 de Outubro, teve lugar a entrega do Prémio Literário João da Silva Correia 2018 (Poesia), ao vencedor Nuno de Figueiredo.
O Prémio Literário João da Silva Correia, grande escritor sanjoanense, foi instituído pelo Município de S. João da Madeira, em 1986, com o objetivo de promover a leitura e a escrita criativa e de incentivar o aparecimento de novos valores e talentos literários.
O júri da edição de 2018, constituído pelo ex-ministro da Cultura, escritor, poeta e ficcionista Luís Filipe Castro Mendes, pelo poeta José Fanha e pelo editor António Baptista Lopes, apreciou mais de quatro dezenas de obras de poesia, tendo atribuído o Prémio João da Silva Correia à obra "Manhãs do Mundo" de Nuno Figueiredo, pela sua qualidade poética.
Nuno de Figueiredo nasceu em Coimbra, onde reside e trabalha. É licenciado em engenharia civil pelo Instituto Superior Técnico.
Como poeta, publicou em 1985, o seu primeiro livro "O Desencanto em canto" (edição de autor).
Mais recentemente editou em 2014 "Crepúsculo" (Taratruga), prémio Fernão de Magalhães Gonçalves, e "Longo caminho para casa" (Minerca Coimbra), prémio Florbela Espanca.
"Dias verticais", prémio Vasco Graça Moura 2016, foi lançado em 2017 pela Afrontamento, e "Sublimação da matéria", distinguido em 2017 com o prémio António Cabral, encontra-se a aguardar edição.
"Epifanias" foi galardoado com o prémio Actor Mário Viegas 2018, instituído pelo Centro Cultural Regional de Santarém, que promoveu a edição.
Como ficcionista, iniciou-se em 1997 com o romance "Os dias gloriosos do Império", primeiro volume de uma trilogia intitulada "Vida e morte de Inocêncio".
Os livros mais recentes são "Rendição e trevas", galardoado em 2011 com o prémio literário Alves Redol (romance), a que se seguiu "Vida e sombra", em 2012, prémio literário Miguel Torga, atribuído pela Câmara Municipal de Coimbra.
Em 2016 saíram os últimos romances: "Aprender a perder" (C.M. Coimbra), prémio João José Cochofel, e "Gramática da melancolia" (Âncora Editora), prémio Orlando Gonçalves.
Pelo meio ficam três dezenas de outras obras - poesia, contos, romances - a várias das quais foram atribuídos prémios literários.
escreve para jornais e revistas de letras e está representado em diversas recolhas e antologias.
Apesar do regulamente não prever a atribuição de Menções Honrosas, o júri acordou em atribuir 5 menções honrosas aos seguintes concorrentes:
menções honrosas:
PSEUDÓNIMO
GABRIELA AL – “OS CONTENTORES NÃO CABEM NAS CARAVELAS”
Ana Maria
Carvalho Pinheiro Vieira (Lisboa)
PSEUDÓNIMO
ANTÓNIO BASTOS DE CASTRO – "A QUAL FONTE O SOL REGRESSA? SEGUIDO DE PÁSSARO
MOLHADO NA ALGIBEIRA"
Luís Aguiar (Águeda)
PSEUDÓNIMO
PILAR VERDADE - "Eras o cervo que fugia
depois de haver-me ferido"
Fernando Manuel
da Cruz Cabrita (Olhão)
PSEUDÓNIMO LUCA
DI S. PIETRO – "UMA CASA DE PAPEL ONDE MORAR"
Nuno Garcia
Lopes (Asseiceira)
PSEUDÓNIMO
NGOLA NALEMU - "IMPRECISÕES"
José Manuel
Teixeira (Guimarães)
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