EXPOSIÇÃO + PALESTRA + RECITAL DE POESIA
CAMILO PESSANHA (1867-1926), nasce em Coimbra, cursa advocacia e apaixona-se pela irmã do seu amigo, Alberto Osório de Castro, não sendo correspondido.
Muda o rumo da sua vida e imigra para Macau onde se deixa envolver pela língua e cultura chinesas. É contemporâneo do orientalista Wenceslau de Morais, estreitando ligações com a elite cultural e a Maçonaria do território.
Fernando Pessoa reconhece-lhe qualidades poéticas admiráveis e publica alguns poemas seus na revista Orpheu.
A poesia de Pessanha teve grande influência na geração de poetas modernistas. Na sua obra estão patentes os grandes temas característicos do simbolismo - dor, solidão, morte e fuga para o nada.
Foi muito admirado por grandes figuras da poesia portuguesa como Fernando Pessoa e Mário de Sá Carneiro, Eugénio de Andrade, José Régio e David Mourão Ferreira.
Camilo Pessanha foi o expoente máximo do simbolismo, movimento literário de origem francesa, com influência de Verlaine, que surge em finais do século XIX. Este movimento, ligado à noção de decadência, pessimismo, angústia e saudosismo, surge como reacção ao materialismo, cultivando a espiritualidade, a imaginação e o idealismo.
Camilo Pessanha era viciado em ópio e acabou por falecer em Macau.
Obras disponíveis na Biblioteca:
- Cartas a Alberto Osório de Castro, João Baptista de Castro e Ana de Castro Osório. Lisboa: Imprensa Nacional Casa da Moeda,1984
- China: estudos e traduções. Lisboa:Vega, 1993
- Clepsidra e outros poemas. Porto:Lello, 1998
- Contos, crónicas, cartas escolhidas e textos de temática chinesa. Lisboa: Europa-América, D.L.1988
Obras relacionadas:
PÂRIS-MONTECH, Christine - L'imaginaire de Camilo Pessanha: résonances fin-de-siècle et hantises individuelles. Paris: Centre Culturel Calouste Gulbenkian, 1997
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