Andréa del Fuego, uma mineira de 36 anos, recebeu o
prémio Literário José Saramago 2011, pelo seu romance de estreia "Os
Malaquias".
Na cerimónia, que decorreu no edifício do grupo editorial
BertrandCirculo, em Lisboa, estava presente o Secretário de Estado da Cultura,
Francisco José Viegas, João
Tordo, o último vencedor do prémio, os membros do júri, entre
eles Vasco Graça Moura e Nélida Piñon.
Nome praticamente desconhecido em terras lusas, Andréa del Fuego é editada
no Brasil pela Letra Geral e, antes deste "Os Malaquias", escreveu
oito livros, entre contos eróticos e histórias infanto-juvenis.
O romance, agora distinguido, conta, em tom de realismo fantástico, a
história verídica da família da autora, cujos avós foram fulminados por um raio
deixando uma prol de crianças órfãs, uma delas anã.
Evocando experiências
pulsionais arcaicas, mais próximas dos ritmos da natureza que da humanidade,
del Fuego assume que "sentia uma dívida" para com os seus avós e
percebeu que só podia conhece-los melhor se contasse esta história".
"Não se sai incólume deste texto que retrata as injustiças e confirma
um talento talhado para receber o nome de Saramago", afirmou" a
escritora e membro do Júri Nélida Piñon.
Participa das antologias "Os cem menores contos brasileiros do século" e "30 mulheres que estão fazendo a nova literatura brasileira", entre outras.
Publicou também "Blade Runner", em 2007.
Publicou em 2008 o romance juvenil "Sociedade da Caveira de Cristal" e tem um romance adulto inédito, "Serra Morena". Teve um conto publicado na coletânea "Histórias femininas" e "Os Malaquias" em 2010, romance que lhe valeu o Prémio José Saramago 2011.
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