O projecto
de digitalização começa pela disponibilização de 256 dos seus 80 mil
manuscritos.
Para já, são apenas 256
documentos, mas é um primeiro passo determinado. A Biblioteca do Vaticano
começou a abrir-se decisivamente aos tempos modernos e, para já, há duas
centenas e meia de manuscritos disponíveis a partir de qualquer local do mundo.
Basta uma ligação à Internet.
Entrando na site da Biblioteca do Vaticano, poderemos analisar
pormenorizadamente, além de livros medievais, um tratado do século XIII, De
Arte Venandi Cum Avibus, escrito por Frederico II. É o mais famoso
dos disponibilizadas nesta primeira fase de digitalização do arquivo.
Frederico II, imperador do Sacro-Império
Romano-Germânico, viveu entre 1194 e 1250 e foi, além de um dos reis mais
poderosos da Idade Média, um homem de extraordinária cultura. De
Arte Venandi Cum Avibus é um tratado de falcoaria e
ornitologia ricamente ilustrado e colorido. Nele abundam imagens dos pássaros
estudados, seus tratadores e instrumentos que utilizavam. O manuscrito original
foi perdido em 1248. Aquele que se encontra na Biblioteca do Vaticano é uma
cópia encomendada por Manfredo, filho de Frederico, que acrescentou várias
adendas à obra.
A Biblioteca do Vaticano guarda cerca de 80 mil manuscritos,
reunidos desde a sua fundação em 1451 pelo Papa Nicolau V. A peça mais famosa
do seu acervo será o Codex Vaticanus, uma das mais antigas
Bíblias conhecidas, manuscrita em grego e datada do século IV. No futuro, oCodex será,
também, um dos documentos colocados online para
acesso de estudiosos e internautas. Segundo afirmou o director da Biblioteca do
Vaticano, Cesare Pasini, citado pela Agência Ecclesia, o objectivo da
digitalização, que começou a ser planeada em 2011 e iniciada no ano seguinte,
será a disponibilização no site da
instituição da totalidade do seu espólio. O projecto nasceu da colaboração do
Vaticano com a Universidade de Heidelberg, na Alemanha, e com as Bibliotecas
Bodleian em Oxford, Inglaterra, e conta com um financiamento de dois milhões de
libras (cerca de dois milhões e 300 mil euros) da Fundação Polonsky,
sediada em Londres.
Ver mais em: http://publico.pt/1583553
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