No passado dia 8 de abril, a bailarina Anna Mascolo, a actriz e encenadora Germana Tânger, a arquitecta Inês Lobo, a artista plástica Joana Vasconcelos e a maestrina Joana Carneiro receberam a distinção “Mulheres Criadoras de Cultura” numa cerimónia a presidida pelo secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, no Antigo Refeitório do Mosteiro dos Jerónimos, com a presidente da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CCIG), Fátima Duarte.
A Secretaria de Estado da Cultura (SEC) anunciou por comunicado tanto a criação da dintinção como o nome das distinguidas. Segundo esse comunicado, o reconhecimento das galardoadas "baseia-se em três critérios principais: relevância/ coerência da obra, inovação e carácter pioneiro da actividade artística e impacto social e cultural da obra produzida".
Apesar de referir que se trata de uma atribuição conjunta da SEC e da CCIG, o comunicado não esclarece qual o processo de escolha das distinguidas nem qual a periodicidade da distinção. Em cinco breves textos, explica apenas o motivo da escolha de cada distinguida.
A bailarina e pedagoga Anna Mascolo surge descrita como uma "personalidade forte, com uma carreira invulgar": "Distinguiu-se como intérprete e soube depois trazer para o ensino a essência e a excelência da sua arte transmitindo-a a gerações de bailarinos. [...] No domínio da formação, em particular, tem uma acção pioneira em Portugal ao fundar, em 1958, a Estúdio-Escola de Dança Clássica de Anna Mascolo."
Já a actriz e encenadora Germana Tânger "distingue-se na 'arte de dizer'” bem como pelo seu papel como "divulgadora de poesia, arte ao serviço da qual percorreu Portugal inteiro e muitos outros países".
Joana Carneiro, maestrina convidada da Orquestra Gulbenkian e directora musical da Sinfónica de Berkeley, tem-se destacado "brilhantemente numa profissão onde escasseia a representação feminina". Exactamente como a arquitecta e professora Inês Lobo, "que desde jovem se apresenta com uma assinatura firme e com projeção internacional [...] num meio ainda predominantemente masculino".
À frente de uma "carreira fulgurante", Joana Vasconcelos, que foi, recorda o comunicado, a primeira mulher a expor no âmbito do programa de arte contemporânea do Palácio de Versalhes, é distinguida por uma "obra de projeção global, e pela visibilidade que traz à condição da mulher".
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