Entre recados ao secretário de Estado da Cultura sobre o regime
fiscal dos livros electrónicos e com Manuel Alegre e Cavaco Silva a
sublinharem a importância da língua e a urgência da “consolidação do
espaço lusófono”, respectivamente, Nuno Camarneiro recebeu esta
quarta-feira o Prémio Leya 2012. O mais importante prémio literário
português (100 mil euros) foi para o recém-editado Debaixo de algum céu,
livro que Alegre, presidente do júri, descreveu como “um retrato de uma
microsociedade”, “uma alegoria do mundo contemporâneo”.
O vencedor, que recebeu “uma chamada telefónica sonhada mas pouco esperada” em Dezembro anunciar que o seu inédito fora escolhido
pelo júri entre seis outros finalistas e cerca de 270 candidatos que se
apresentaram, tal como ele, sob pseudónimo, dedicou o prémio à sua
bisavó. “Não sabia ler”, mas educou três gerações que viram o seu nível
de escolaridade aumentar com a passagem das décadas, evolução de um país
que Camarneiro, investigador das Universidades de Aveiro e Portucalense
e formado em Engenharia Física, teme que hoje se corra o risco de
perder. “Espero que saibamos ler os tempos”, apelou num hotel em Lisboa,
na presença do Presidente Aníbal Cavaco Silva e do secretário de Estado
da Cultura, Jorge Barreto Xavier.
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