quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

MARIA VELHO DA COSTA RECEBE PRÉMIO LITERÁRIO DA APE

O prémio Vida Literária da Associação Portuguesa de Escritores (APE), no valor de 25 mil euros, foi atribuído esta segunda-feira à romancista Maria Velho da Costa. A decisão foi unânime e o presidente da APE, José Manuel Mendes, justificou a escolha sublinhando a “criatividade da escritora”, o seu “percurso pessoal e literário”, e ainda o modo inventivo como a autora, que já recebera em 2002 o prémio Camões, trabalha a língua portuguesa.
Nascida em Lisboa em 1938, Maria Velho da Costa estreou-se em 1966 com O Lugar Comum, é co-autora das célebres Novas Cartas Portuguesas (1972) e escreveu alguns dos mais significativos romances da ficção portuguesa posterior ao 25 de Abril, como Casas Pardas (1977), Missa in Albis (1988) ou o mais recente Myra (2008), que venceu os prémios PEN, Máxima, Correntes d’Escrita e DST. A sua obra, que vem sendo traduzida desde os anos 70 nas principais línguas europeias, revolucionou como poucas o romance em língua portuguesa.
Licenciada em Filologia Germânica pela Universidade de Lisboa, Maria Velho da Costa tem ainda o Curso de Grupo-Análise da Sociedade Portuguesa de Neurologia e Psiquiatria. Foi professora no ensino secundário, funcionária do Instituto de Investigação Industrial, adjunta do Secretário de Estado da Cultura em 1979, no breve governo de Lurdes Pintasilgo, leitora de português no Kings College, Londres, na década de 80, adida cultural em Cabo Verde de 1988 a 1991, e desempenhou ainda várias outras funções públicas de carácter cultural, designadamente na Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses e no Instituto Camões. Entre 1973 e 1978, presidiu à direcção da APE.

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