Esta data foi escolhida para honrar a velha tradição catalã segundo a qual, neste dia, os cavaleiros oferecem às suas damas uma rosa vermelha de São Jorge (Saint Jordi) e recebem em troca, um livro. Em simultâneo, é prestada homenagem à obra de grandes escritores, como Shakespeare e Cervantes, desaparecidos nesta data em 1616.
Para comemorar este dia, a Biblioteca Municipal propõe uma série de atividades para vários públicos, onde se destacam workshops e apresentação/lançamento de livros, a saber:
10h00
e 14h00
Workshop
Livros de Artista
“Os
livros de artista são livros produzidos por artistas, na sua maioria para
manuseio direto, assim possibilitando uma aproximação física, tatil e visual
com a produção artística. São espaços de criação, onde se exploram vários tipos
de narrativas, são locais privilegiados para experiências plásticas, no livro
de artista é possível fazer uso de várias linguagens poéticas (artes visuais,
poesia, literatura...).”
Constança
Lucas
20h30
Lançamento
da obra "Auto da Sorte e do Azar", peça de
teatro de Jorge Dias
Introdução:
Nesta
peça procura-se recontar a História de Portugal segundo a perspetiva de três
bruxas, principais responsáveis pelo destino da nação lusitana.
A
narradora é Gaia, a mãe das outras duas bruxas, Urraca e Boaventura.
As
personagens que interagem com as bruxas podem ser reais, ou não. Os nomes das
personagens podem também ter sido modificados ou inventados.
21h30
Apresentação
da obra "Servir: a
estratégia de S. João da Madeira: um apeadeiro a caminho da estratégia de
Lisboa (ou da seguinte)" de Maria
Helena Brandão
Sinopse:
Se um
país fosse uma pessoa será que seria muito diferente da pessoa que seria se
fosse um país? Se uma pessoa pudesse escolher ser um país, que tipo de país
escolheria ser? E este? Que tipo de pessoa escolheria viver? Quanto ao
colectivo português em particular, cabe a cada um escolher o Portugal que quer
ser. Neste momento: vive o Portugal que deseja? A Little Sister é a voz da
consciência, do ser, como alternativa ao ego, a voz do Big Brother. Da
consciência (e do ego) emergiu esta obra acerca de pertença, identidade,
diferença e cidadania. É acerca de um percurso comum e universal e das questões
que o foram pautando:
O que
significa pertencer a um país? Qual o peso do colectivo no individual e
vice-versa? O que há dentro de
mim de tipicamente português?
Um país
é um estado de espírito, uma atitude, uma escolha, uma decisão que requerem…uma
pessoa (regra geral o próprio).
Ser
português é fácil. Difícil é ser cidadão.
Maria
Helena Brandão
Tornou-se numa cidadã a pulso. Para tal superou a censura
interna, ouviu o outro, ouviu-se a si própria, expressou-se livremente e
concretizou a obra. Chama-se democracia aplicada e resulta num cidadão. Foi o
que de mais importante fez até hoje. Ao fazê-lo tornou-se autora da sua própria
vida. Tornou-se responsável. Ao escolher publicar esta obra elegeu-se e
deixou-se de campanhas eleitorais. À escala da sua vida tornou-se a medida de
todas as coisas que dela fazem parte. Criou o seu próprio programa de vida:
avaliar cada situação caso a caso e decidir conforme o que melhor a servir.
Trocou os eleitores pelos cidadãos. Mais do que uma autora é uma obra em
progresso ao ritmo da própria vida e dos desafios que a democracia lhe traz a
cada dia. É difícil e arriscado. A democracia está sempre a inovar. É dinâmica
e inédita. A cada dia é preciso ser-se outro. Começar de novo.
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