A Biblioteca disponibiliza todos os CD's de B. B. King que possui e que se encontram já em destaque na vitrine da Sala de Adultos.
Venha desfrutar da sua maravilhosa música e saber mais sobre a vida do mestre da guitarra!
Morreu B.B. King, o guitarrista e cantor que se tornou uma lenda do
blues. O músico tinha 89 anos e morreu em Las Vegas, nos EUA, na noite
de quinta-feira. Deixa para trás uma vida de melodias inconfundíveis,
mais de dez mil actuações ao vivo, 15 Grammy e Lucille , o nome que dava a todas as suas guitarras Gibson.
A notícia foi confirmada por uma das filhas, Claudette King, e pelo advogado do músico.
No início de Maio, o mítico guitarrista fora hospitalizado, tendo tido alta e sido entregue a cuidados domiciliários depois de um outro internamento no início de Abril devido a problemas de desidratação associados à diabetes tipo II de que sofre desde a década de 1980.
As
reacções de pesar já se avolumam nas redes sociais e, no meio musical,
vêm de todos os quadrantes. De Ringo Starr a Snoop Dogg, de Bryan Adams
ao vocalista dos Kiss Gene Simmons, os elogios a "um dos melhores
guitarristas de blues de sempre, talvez o melhor" (Adams) e à
"inspiração para milhões" (Gladys Knight) continuam a surgir.
"BB, qualquer pessoa podia tocar mil notas e nunca dizer o que dizias
com uma", escreveu Lenny Kravitz no Twitter.
“B.B.
toca em algo universal”, disse Eric Clapton, um dos músicos que
reconheceu sempre a influência do mestre na sua própria forma de tocar,
ao Los Angeles Times em 2005. “Não pode ser confinado a um único género. É por isso que lhe chamo um ‘músico global’.”
Riley
Ben King – mais conhecido como B.B. King, sendo as primeiras iniciais
relativas a Blues Boy, parte do seu nome de DJ em Memphis –, natural do
estado do Mississippi, é considerado um dos maiores guitarristas de
todos os tempos. Cresceu numa plantação naquele estado do Sul dos EUA e
começou a tocar em bares apenas para negros e em salões de baile na
década de 1940, quando a sua mãe já tinha morrido e o pai saído de cena,
deixando para trás os anos a trabalhar como ajudante na apanha do
algodão. Nascido em 1925 e com memórias da Grande Depressão, os seus
primeiros contactos com a música estão intimamente ligados ao gospel.
Mais
tarde, ouviria uma guitarra noutro registo que não o do gospel e dos
espirituais negros, descobrindo os blues e a sua electricidade.
Trabalharia então como DJ numa rádio de Memphis e foi sobretudo um
autodidacta, apesar de ter aprendido muito com o seu primo Bukka White,
um lendário bluesman. Inspirações: os blues de T-Bone Walker e Louis Jordan, o som das big bands por Count Basie, mas também Django
Reinhardt, Blind Lemon Jefferson ou o jazz eléctrico de Charlie
Christian. Esses sons e as tradições do delta do Mississippi, o gospel e
outras sonoridades que floresciam na fértil região musical informariam
grande parte da sua música e carreira.
"Ser
um cantor de blues é como ser negro duas vezes. Quando o movimento dos
direitos civis estava a lutar pelo respeito pelos negros, senti que
estava a lutar pelo respeito pelos blues", escreveu King na sua
autobiografia, citada pela agência Reuters, Blues All Around Me.
Na noite do assassinato de Martin Luther King, em Abril de 1968, deu um
concerto improvisado com outra futura lenda do blues e seu discípulo
Buddy Guy e com o também mítico Jimi Hendrix.
Parte
da listagem dos mais importantes músicos dos EUA e do mundo desde 1987,
quando foi integrado no Rock and Roll Hall of Fame, soma mais de 30
nomeações para os Grammy e é autor de canções como Three o'clock blues - depois de ter sido descoberto por Ike Turner, este é o seu primeiro êxito, datado de 1951-, The thrill is gone ou When love comes to town (com os U2). A revista Rolling Stone colocou-o em terceiro lugar no top dos melhores guitarristas de todos os tempos, sendo suplantado por Jimi Hendrix e Duane Allman.
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