Ontem, pelas 21h30, na Biblioteca, decorreu a sessão de apresentação do livro "Peónia vermelha" de André Oliveira, na qual marcaram presença familiares, amigos e admiradores do autor.
A apresentação esteve a cargo das Dras. Cristina Marques e Paula Amorim, professoras que marcaram de alguma forma a vida do jovem escritor.
André Oliveira na juventude foi poeta e participou em revistas literárias das escolas.
Atualmente é músico, canta, representa e assume-se como cinéfilo "obcecado".
Como escritor este é o seu primeiro romance, ou mais concretamente, um thriller, algo em grande moda, lançado por Dan Brown, seguido pelo português Luís Miguel Rocha e muitos outros.
A obra tem acção, um complexo enredo, com muitas peripécias, uma boa construção de personagens e uma boa dinâmica no ritmo narrativo. As suas descrições fogem ao tradicional, com um substantivo, muitos adjectivos, metáforas, comparações que enriquecem muito o texto.As suas frases são completas, com um avanço na acção cheia de dinamismo e bastante visual.
Aparece bastante clara a sua visão do mundo em todas as suas perspectivas. Nos cinquenta e dois capítulos há um espaço temporal, percebe-se o diário da narrativa, mas também aborda o microespaço, como por exemplo a cabana ou a limusine.
Usa o itálico para fazer uma separação entre aquilo que é a voz do pensamento da personagem, ou com o que se pode dizer apenas com um olhar, mas não falta o calão também.
Os diálogos são muito bem construídos.
Quanto ao conteúdo, desbrava os meandros da mente humana, sobressaem o cidadão, a política, o poder dos lobbies, denuncia a sociedade materialista e de consumo desenfreado, a realidade do nosso quotidiano, o que nos revela também a sua faceta ideológica, o seu sentido de humor muito peculiar e um profundo conhecimento do mundo. Mas há também uma história de amor, que se torna o motor da leitura.
Remete-nos para uma viagem pela cultura chinesa e oriental que o autor muito admira.
A flor peónia que simboliza o afeto, o vermelho a prosperidade que se deseja para a carreira artítica do escritor.
Como referiu a Dra. Cristina Marques, "que este seja o primeiro de uma longa série e pudesse eu oferecer-te uma peónia vermelha".
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