Na passada 6ª feira, pelas 21h30 decorreu a apresentação do livro "Uma mulher no topo do mundo" de Maria da Conceição e Alexandra Nunes.
A sessão foi promovida pelos Lions de S. João da Madeira e a Escola Serafim Leite, na pessoa de Cláudia Cristina Espanha de Cardoso Proença, professora de português e francês no Agrupamento de Escolas Dr. Serafim Leite,
em São João da Madeira, e coordenadora do projeto «Escolas Amigas dos Direitos
Humanos» (EADH) da Amnistia Internacional.
Trata-se de um livro
extraordinário que não se consegue parar de ler e retrata a vida de Maria da
Conceição, uma portuguesa que, tendo sido abandonada pela mãe aos dois anos,
foi criada por uma senhora viúva, muito pobre, já com seis filhos.
A morte
prematura da sua mãe adotiva traçou o caminho da sua vida que a levou ao Dubai,
como hospedeira de bordo. É numa das escalas entre voos no Bangladesh que Maria
da Conceição se depara com a miséria em que vivem cerca de 15 milhões de
habitantes na capital, Dhaka.
A sua infância difícil deu-lhe uma força inabalável para
ajudar a quebrar o ciclo de pobreza em que vivem milhões de pessoas nos bairros
de lata dessa cidade.
"(…) quando caminhavam pelas ruas de terra batida do bairro e
de entre as crianças que estavam na rua destacava-se ‘um bebé muito sujo, sem
roupa, cheio de ranho e moscas na cara’ que Maria pegou ao colo. ‘Perguntei-lhe porque pegou naquela criança
em particular e ela disse: Peguei na criança mais imunda porque esta é aquela
que ninguém vai querer pegar. Isso é o que eu sinto em relação a mim."
(pág.56)
A escalada do Evereste, que dá título a esta obra, é apenas
mais um dos apelos desesperados de Maria para conseguir apoios para a fundação
que criou com o nome da sua mãe adotiva: «Maria Cristina Foundation».
Exemplo de um amor ao próximo e de um espírito de
solidariedade ímpar, Maria da Conceição continua a superar-se em constantes
desafios com um único objetivo – divulgar a sua fundação e arranjar dinheiro
para tirar de uma vida de miséria as 600 pessoas a quem se comprometeu a ajudar.
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