Teve ontem lugar, na Biblioteca Municipal, a sessão de
apresentação do livro "Da liberdade ao rigor" de Maria Antónia
Azevedo.
A apresentação esteve a cargo de Ana Gomes, amiga e
colega da autora.
Trata-se do seu primeiro romance, tendo no entanto
outras obras já publicadas, direccionadas para o público infantil, tais como
"Da horta à compostagem", O voo da joaninha" e "O António
quer bater-me", com ilustrações suas.
Ana Gomes não poupou elogios à autora e ao seu
primeiro romance de carácter autobiográfico, que de forma ficcionada nos
transporta para o mundo da sua infância, não faltando referências
históricas, políticas, económicas, sociais, etc.
A escrita é simples, fluída, sem grandes artifícios
literários, comovente, que produz em nós uma sensação de "encantamento", segundo
a opinião da pianista Nelly Santos Leite, presente na sessão.
O romance transporta-nos à época dos anos 60/70, do
século 20, revelando práticas de castigos nos colégios de educação religiosa,
com normas rígidas e tabus, ambientes de violência doméstica, que nos obrigam a
reflectir sobre as questões humanas de educação e da vida.
A autora confessou ter sofrido durante a escrita deste
livro, pois teve que rebuscar e remexer em episódios do passado, mas que lhe permitiu
fazer a uma espécie de catarse.
Na sua vida profissional é defensora da educação
pela arte e aconselha a nunca desistirmos de sonhar a acreditar no esforço e no
amor.
A autora e ilustradora durante a sessão apresentou cerca de 16 pinturas da sua autoria,
que ilustram a obra e que irão estar expostas na Sala Polivalente até 28 de
junho.
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