quinta-feira, 12 de março de 2009

"Viver com os outros" de Isabel da Nóbrega



  • Nasce em Lisboa

  • Publica o seu primeiro livro “Os anjos e os homens” em 1952

  • Em 1964, obtém o prémio Camilo Castelo Branco com o romance “Viver com os outros”, a sua obra mais marcante, disponível na Biblioteca Municipal.

  • Foi cronista na imprensa e na rádio

  • Em 2000 é condecorada com o grau de Grande Oficial da Ordem do Mérito

  • No ano de 2008, recebe o Prémio Consagração da Carreira da Sociedade Portuguesa de Autores.

ISABEL DA NÓBREGA, escritora, cronista e divulgadora cultural, quebrou regras, fez amizades com grandes intelectuais (Vieira da Silva e Arpad Szenes, Vergílio Ferreira, Fernanda Botelho, etc.), recebeu prémios e condecorações. Foi companheira do crítico literário João Gaspar Simões e de José Saramago. Descobriu o potencial do Nobel antes de todos: levou-o para o mundo dos jornais, incentivou-o a escrever crónicas e livros, ajudou a dar forma a Blimunda do Memorial do Convento.
Recentemente, revelou-nos numa interessante entrevista à revista Tabu, do Jornal Sol, algumas curiosidades que divulgamos neste pequeno excerto… «Quanto à Blimunda [protagonista de ‘Memorial do Convento’]: ele escreveu o livro, eu disse que não queria lê-lo senão no fim e, quando comecei a ler, o que vi? O nome [Baltasar]» Sete-Sóis e ela era Mariana Amália. E eu: ‘Mariana Amália?! Mas ele endoideceu! Não há direito de pôr Mariana Amália na figura desta mulher.’ Chamei-o: ‘Está lindo, está tudo certo menos uma coisa que tens de emendar – Mariana Amália. Tem paciência, quando foste à biblioteca e recolheste nomes de época, hás-de ter encontrado um que se possa ver’. Ele voltou para a secretária – isto para aí à uma da manhã –, e daí a um bocado apareceu e começou a dizer nomes. Ouvi ‘Blimunda’, pedi-lhe que voltasse atrás e, quando repetiu o nome: Ó Zé, parece impossível! Como é que tinhas este nome na tua lista e não viste que aquela mulher é exactamente Blimunda?’. Pegou no manuscrito, que era enorme, e foi emendar tudo, tirar Mariana Amália e pôr Blimunda.»

2 comentários:

  1. Se a Isabel da Nóbrega não tivesse aprovado o nome Baltasar, eu não teria um neto com esse nome. Ainda bem que só pôs em causa o nome da protagonista do Memorial

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  2. Fantásticas, todas estas iniciativas da Nossa Biblioteca. E parabéns à forma como acharam divulgá-las, neste blog de muito bom gosto.
    Elói Cruz

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