Na passada 5ª feira, pelas 21h00, decorreu a sessão de novembro do Clube de Leitura que se
debruçou sobre a obra “Um Espião Perfeito” de John Le Carré.
As mais de 600 páginas e a baixa
temperatura dessa noite causaram algumas ausências, é verdade, mas não impediram a habitual boa disposição
durante a partilha das impressões que o livro deixou nos participantes.
O romance mais autobiográfico de John Le
Carré decorre no período da Guerra Fria, atravessando a vida do espião “Magnus
Pym” até ao fim, num estilo conservador mas bastante complexo dado o tempo e espaço
diegéticos, a alternância constante de narrador e uma complexa rede de
personagens e nomes de código que, graças a “Jack Brotherhood”, vamos associando na ânsia de identificar as
“toupeiras”.
Para além do que já foi publicado, no blogue
sobre este “acerto de contas”, o que incomoda
no livro é o retrato que o autor nos dá da fragilidade do trabalho das agências
de informação da época (e de hoje?), da promiscuidade entre os poderes em
presença – religião, política, indústria e governos – cujas decisões tão perto nos deixaram de
catástrofes nucleares iminentes.
Para terminar, apelando ao “espião” que há
em todos nós, talvez fosse interessante revisitar aquele período da nossa história
e resolver as dúvidas que ainda permanecem.
Boas leituras!
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